Mais um período de racionamento de água começa em Curitiba nesta sexta-feira (24). Em meio à pandemia do coronavírus, 41 dos 75 bairros da cidade passarão por períodos de 24 horas sem fornecimento de água num rodízio que vai até a próxima quarta-feira (29). A interrupção deve começar às 8h da manhã de um dia e se estender até as 8h da manhã do dia seguinte.
Na tabela divulgada nesta semana, Abranches, Bacacheri, CIC, Mercês, Pinheirinho, São Lourenço, Tatuquara e Umbará aparecem em dois dias distintos. Ganchicho e Sítio Cercado terão de racionar água por três dos cinco dias do cronograma.
O racionamento foi implantado no mês passado e, de acordo com a Sanepar, ocorre por causa da estiagem do Rio Iguaçu. A previsão para março era de que a capital registrasse 120 milímetros de chuva, mas teve apenas 49 milímetros. Foi o mês de março mais seco desde 1961.
Dados mais recentes sobre as barragens que abastecem Curitiba e Região Metropolitana apontam que o Sistema de abastecimento de água integrado da cidade está com apenas 56,54% dos níveis. Menos ainda do que os 64% registrados na primeira semana de abril.
Em nota, a empresa afirma que “só ficarão sem água os clientes que não têm caixa d’água no imóvel conforme recomendação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A Sanepar sugere que cada imóvel tenha uma caixa d’água de pelo menos 500 litros. Assim é possível ter água por 24 horas, no mínimo. A orientação é evitar desperdícios”.
No entanto, em regiões como da ocupação urbana do Caximba, ou da estrada velha do Barigui, no CIC , nas quais a população é responsável pela construção do próprio sistema de abastecimento de água, e onde casas pequenas abrigam famílias de cinco ou mais pessoas, a realidade é outra e pode, sim, ocorrer falta de água.
“A Sanepar reforça a importância do uso racional e econômico da água, com prioridade para a higiene pessoal, principalmente para o combate ao coronavírus, e para alimentação. Atividades como lavagem de carros e calçadas devem ser adiadas para quando o período de estiagem passar”, salienta a nota.