Sanepar muda rodízio e curitibanos terão água por mais tempo

Agora, a água será fornecida durante dois dias e meio e suspendida durante 36 horas

Nesta quinta-feira (11), o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, anunciou que a companhia retomará o rodízio no abastecimento de água de Curitiba e Região Metropolitana em que fornece água por 60 horas e suspende por até 36 horas a partir de segunda-feira (15).

Nesse novo modelo, a população é abastecida por 24 horas a mais do que na programação anterior. Os bairros serão divididos em quatro grupos, com cerca de 980 mil pessoas em cada. A decisão foi tomada levando em conta o índice do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), que chegou a 68,05% nesta quinta, e a conclusão, nesta semana, de obras em Curitiba que ampliam a infraestrutura de reserva e distribuição de água tratada.

Stabile também informou que, quando o nível das barragens chegar a 80%, o rodízio poderá ser suspenso. A expectativa para que isso ocorra no fim do verão, em março de 2022, visto que as previsões meteorológicas indicam chuvas abaixo da média para novembro e dezembro, com elevação das precipitações para janeiro, fevereiro e março.

Atualmente, o déficit de chuvas acumulado durante todo o ano de 2020 até outubro de 2021 é de 680,5 milímetros.

Miringuava

A diretora de Investimentos da Sanepar, Leura Conte de Oliveira, informou que as obras da Barragem do Miringuava estão suspensas devido à alta umidade do último mês, que praticamente inviabilizou qualquer avanço na construção. Oliveira explicou que o índice de umidade do solo precisa estar muito baixo nesta fase de construção do maciço, seguindo as regras de segurança de barragens. Segundo previsões as obras devem ser retomadas em março, quando se encerra o período chuvoso.

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1 comentário em “Sanepar muda rodízio e curitibanos terão água por mais tempo”

  1. Sanepar está cobrando o ar que passa pelo hidrômetro: assunto tabu entre jornalistas, sabe-se lá porque. Mas não ver ninguém cobrindo o suspeitíssimo aumento do lucro da sanepar e da copel ( só esta última, com um inacreditável aumento de 317% no lucro do último trimestre), na “maior crise hídrica” da história (o que deveria atingir negativamente as empresas do setor, por óbvio). Está acontecendo exatamente o contrário: a tal crise aumenta estupidamente as tarifas, e o lucro das empresas afetadas dispara. Talvez até maior cobertura da imprensa ajudasse a entender estes fenômenos, tão contrários à lógica mais modesta…

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