Professores da Rede Municipal de Curitiba preparam greve para o dia 8 de agosto

Paralisação da rede municipal de ensino deve ocorrer se as negociações sobre o plano de carreira do magistério não avançarem

Professoras e professores da rede municipal de Curitiba se preparam para entrar em greve no dia 8 de agosto, caso as negociações sobre o plano de carreira do magistério não avancem. O projeto tramita na Câmara de Curitiba e o sindicato que representa a categoria tenta articular “pontos sensíveis” para que os trabalhadores não saiam prejudicados.

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A proposta enviada à Casa tem prazo de tramitação para 31 de agosto. O projeto, de autoria do prefeito Rafael Greca (PSD) prevê crescimentos horizontais e verticais, porém restritos a 20% dos servidores e a criação de mais um nível de carreiras.

Segundo a prefeitura, “os pilares das propostas constam o fato de que a carreira deve ser orientada pelas necessidades da Administração Municipal”. O texto foi enviado em regime de urgência para a Câmara e a versão final será apresentada posteriormente.

Rede Municipal

Pelas redes sociais, professores e sindicalistas compartilharam comparativos dos salários dos professores com a remuneração média dos funcionários comissionados da prefeitura de Curitiba – um valor que hoje está em R$ 13 mil e é suficiente para pagar os salários de cinco professores em início de carreira.

Ao todo, a Rede Municipal de Ensino tem aproximadamente 100 mil estudantes nas séries iniciais, mas faltam, conforme o Sismmac, 3,5 mil professoras.

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São três os pontos principais que desagradam os servidores: (1) os mecanismos limitadores de progressão – o chamado “funil” que permitiria a progressão de apenas 20% da categoria; (2) as progressões horizontal e vertical universal, que teriam impacto financeiro de apenas 0,35% no orçamento municipal; e (3) as dificuldades de avançar na carreira impostas aos trabalhadores que se afastam por motivos de saúde.

Professores

Professores esperam que ao menos esses três pontos sejam revistos durante a discussão do projeto de lei e tentam articular tanto com a base do governo, quanto com os vereadores de oposição antes de deflagrar a greve.

Uma das parlamentares que tem se debruçado sobre o plano é Professora Josete (PT). Ao Plural, ela seguiu a mesma linha do sindicato e criticou sobretudo a delonga na resolução do plano. “Os professores estão com salários congelados há seis anos, mas esse projeto não pode desrespeitar as carreiras de quem trabalha com educação, principalmente na questão do afastamento por motivos de saúde. Se a pessoa está doente, como vai trabalhar?”, questiona a vereadora.

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1 comentário em “Professores da Rede Municipal de Curitiba preparam greve para o dia 8 de agosto”

  1. Na página com título sobre as escolas cívico/militares não há o link para comentários. Por isto faço meu comentário aqui sobre as escolas cívico/militares:

    Afinal, quem manda nisto, é o governo estadual ou o federal?
    Acabe-se com essa excrescência de escola militarizada.

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