Plano de Saúde em Curitiba vai de R$ 101 a R$ 1447 por pessoa

Mercado tem muitas operadoras, mas nove concentram 70% dos clientes. A cidade tem 58% da população com algum tipo de plano de saúde contratado

Contratar um plano de saúde é uma tarefa complexa. A cidade tem uma ampla oferta de planos, com diferentes coberturas e condições. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 58% da população têm plano de saúde particular. O Plural fez um levantamento junto a dados oficiais da ANS para verificar as opções disponíveis e os preços.

Mas antes de escolher um plano é importante saber que apesar de existir 354 operadoras cadastradas para atuar na cidade, 70% do mercado é dominado por nove operadoras: Unimed Curitiba, Grupo Hapvida/GNDI/Clinipam, Amil, Instituto Curitiba de Saúde (ICS, plano de saúde dos servidores municipais), Paraná Clínicas, Unimed Paraná, Bradesco, Sul América e Central Nacional Unimed.

Só a Unimed Curitiba e a Hapvida/GNDI/Clinipam têm juntas 43% do mercado, com quase meio milhão de clientes, mais do que as outras sete operadoras juntas.

Unimed – Cooperativa de médicos em Curitiba

Mas a Unimed Curitiba e o grupo Hapvida/GNDI/Clinipam são experiências bastante diferentes. A Unimed é uma cooperativa fundada em 1971 por um grupo de médicos. Até hoje a estrutura de cooperativa se mantém. Nos últimos anos a Unimed abriu mais unidades próprias de atendimento, como os Laboratórios Unimed, mas ela mantém também uma rede credenciada composta pelos principais hospitais privados de Curitiba.

Segundo a Unimed, a estrutura de atendimento em todo Paraná conta com 4.700 médicos cooperados, 54 hospitais, 241 clínicas de especialidades médicas, 93 unidades laboratoriais de análises (sendo 20 próprias – Unimed Laboratório) e três bancos de sangue credenciados.

Clinipam

Já o grupo Hapvida/GNDI/Clinipam surgiu na cidade como uma sociedade de dois médicos em 1983 que cresceu com uma rede própria de atendimento, o que chama no setor de modelo verticalizado. Em 2019, a Clinipam foi vendida para o Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI), uma operadora fundada em 1968, mas que desde 2018 tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores. Como forma de garantir a rentabilidade das ações, o GNDI passou a investir na verticalização e na expansão do negócio, o que engloba a aquisição da Clinipam em 2019.

Em 2022, o GNDI/Clinipam se fundiram ao Hapvida, maior operadora de planos de saúde privados do Brasil e que também passou a negociar ações na Bolsa em 2018. A empresa surgiu em Fortaleza, Ceará e se tornou a maior operadora de plano no nordeste do país antes de expandir para o restante do país.

Como uma empresa de capital aberto, o grupo Hapvida/GNDI/Clinipam reforçou sua estratégia de verticalizar o atendimento na tentativa de reduzir custos e fazer economia de escala. O resultado disso é que em Curitiba o grupo já vem mudando sua rede credenciada para concentrar os atendimentos na rede própria.

Segundo a empresa, a rede assistencial própria do grupo é composta por 84 hospitais, 78 prontos atendimentos e 335 clínicas médicas em todo país. O grupo absorveu da Clinipam uma rede composta por 30 unidades próprias, dois hospitais e dez laboratórios.

Preços de planos de saúde em Curitiba

Os dados da ANS sobre valores de planos registrados para atendimento em Curitiba mostram que há ampla oferta com vários tipos de coberturas: ambulatorial, hospitalar, ambulatorial e Hospital e Ambulatorial/hospitalar com obstetrícia. Mas os preços não mudam muito de uma modalidade para outra. O gráfico abaixo mostra os valores mínimos, máximos e médios praticados na cidade para plano privado de saúde considerando um cliente adulto de 39 a 43 anos com contratação individual ou familiar.

Parte da razão é a tendência das operadoras em ofertar mais opções completas do que as com atendimento parcial por valor mais baixo. Abaixo é possível verificar os valores praticados por operadora:

Os dados são do Guia de Planos de Saúde da ANS, que permitem a busca por valor, cobertura, faixa etária e outras variáveis. É importante, ao consultar, perceber que a modalidade de contratação (individual, coletivo por adesão ou coletivo empresarial) influencia o preço. A adesão coletiva tende a ter valores menores, mas também têm índices de reajuste diferentes.

Segundo a legislação do setor, no caso de planos individuais e familiares, o reajuste precisa ser autorizado pela ANS e pode ser feito apenas uma vez no ano, na data de assinatura do contrato. Nos contratos por adesão coletiva empresarial a operadora tem um prazo de 30 dias após a aplicação do reajuste para informar o reajuste à ANS em contratos com patrocinador e 15 dias antes do reajuste em contratos sem patrocinador.

Confira a lista dos planos e valores ofertados em Curitiba segundo a ANS:

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