Patrulha Maria da Penha atendeu mais de 8,6 mil vítimas de violência doméstica em 2022

Dados registram apenas ocorrências da Guarda Municipal de Curitiba

A Patrulha Maria da Penha, da Guarda Municipal de Curitiba, atendeu 8.678 ocorrências de violência doméstica ou familiar contra mulheres em 2022 em Curitiba.

O número mostra redução nos casos em relação ao ano anterior. Em 2021 foram atendidas 11.989 ocorrências. De acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito um dos fatores que estimularam o número elevado foi o isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19.

Antes da pandemia do auge da pandemia, em 2019, houve 4,6 mil atendimentos da Patrulha Maria da Penha em Curitiba. No ano seguinte foram 7.145. O secretário de Defesa Social, coronel Péricles de Matos, afirma que muitas das vítimas foram obrigadas e ficar confinadas com os agressores em casa, por isso há elevação nas estatísticas nos anos de mais restrição de circulação. A redução ocorrida em 2022 demonstra que a retomada plena das atividades externas também protegeu as mulheres de casos de agressão.

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Conforme o relatório “A vitimização de mulheres no Brasil”, feito pelo DataFolha e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a residência é o local mais perigoso para as mulheres.

A pesquisa, publicada em 2021, aponta que 48,8% das agressões contra mulheres no Brasil ocorreram dentro de casa.

Rede de Atendimento

Em Curitiba a Patrulha Maria da Penha integra a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência. A rede reúne prefeitura e Tribunal de Justiça, que trabalham de forma integrada para atender as vítimas.

Além disso também há atendimento 24 horas, 7 dias por semana na Casa da Mulher Brasileira, bem como os telefones 153 (Guarda Municipal) e 190 (Polícia Militar).

Vítimas

Uma das mulheres atendidas pela Patrulha tem 45 anos e não será identificada. Ela viveu um relacionamento de cinco anos e o ex-companheiro “não aceitou” o fim da relação. O agressor perseguia a vítima, que chegou a ter dificuldade para ir ao trabalho.

A situação culminou no deferimento de uma medida protetiva, que garantiu à mulher o acesso a um botão do pânico, dispositivo que permite que a vítima acione a Patrulha de forma mais ágil. No caso da curitibana, o agressor foi preso em flagrante na rua da casa dela por descumprir a decisão judicial de não se aproximar.

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