Uma contagem regressiva deu início ao momento mais simbólico da manifestação desta quinta-feira em Curitiba em favor da educação: quando a contagem chegou ao zero, uma faixa gigantesca foi descortinada nas colunas do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A nova faixa “Em defesa da educação” foi inaugurada apenas quatro dias depois de sua antecessora ser arrancada na manifestação dos militantes bolsonaristas, realizada no domingo (26).
Sob chuva, milhares de alunos, professores e manifestantes ligados a organizações sindicais protestaram contra o corte de 30% nas verbas de custeio das universidades federais. O contingenciamento, determinado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), pode levar a um fechamento de todas as federais do país no segundo semestre.
Estudantes na liderança
Embora conte com apoio de entidades sindicais, como a APP e o Sindicato dos Metalúrgicos, a manifestação dessa quinta-feira foi organizada pelas entidades estudantis – dos estudantes do ensino superior, passando pelos secundaristas: UPE, UNE, UPES, UBES, entre outras.
As três principais pautas da noite são contrárias aos cortes federais e estaduais na área da educação, a reforma da previdência e o projeto Escola Sem Partido. “Essa é a resposta a pessoal do ato do dia 26”, salienta o secundarista Wellington Tiago.
Com pouco mais de uma hora de concentração, o ato deu início a sua marcha após às 19h, saindo da praça Santo Andrade pela rua Alfredo Bufren em direção à Boca Maldita.