Na manhã deste domingo (17), Curitiba recebeu um ato em homenagem ao líder sindical Marcelo Arruda, morto a tiros durante sua festa de aniversário por um apoiador de Jair Bolsonaro (PL). A concentração se deu na Praça Tiradentes, no centro da capital, e reuniu dezenas de pessoas que pediram paz e respeito às posições políticas.
Durante o ato, representantes de partidos, movimentos populares, organizações e diferentes grupos religiosos discursaram sobre o aumento dos casos de violência política promovido pelo discurso e práticas do governo federal, e homenagearam Arruda e sua família.
“A justiça está intimamente ligada com a ideia de civilização, democracia e de uma vida em comunidade pacífica, onde as diferenças são tratadas do ponto de vista racional. Nós queremos uma sociedade sem exploração, com mais igualdade e fundamentalmente com respeito à vida”, disse Angelo Vanhoni, presidente do diretório do PT em Curitiba e um dos organizadores da manifestação.
Frases como “Paz e democracia!” e “Basta de violência política” estampavam cartazes trazidos pelos manifestantes, que carregavam rosas e balões brancos. Coros “Marcelo Arruda, presente!” foram entoados ao longo da mobilização.
Andrea Caldas, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pré-candidata a deputada federal pelo PSOL, destacou a importância da população ocupar as ruas em protesto contra a violência. “O que esses atos protofascistas querem é nos intimidar, nos acovardar. A gente precisa estar junto e resistir de forma coletiva, marcando não só essas homenagens, mas a disposição de luta.”
O professor e poeta Sergio Antonio Faria também frisou a necessidade de mobilização e preparo da sociedade para as eleições presidenciais deste ano. “Decidi vir ao ato porque, além de querer prestar minha solidariedade à família de Marcelo Arruda, a barbárie que tomou conta do país tem que ser combatida em todos os cantos, e precisamos considerar que não é só a eleição do Lula que vai resolver os problemas estruturais do país.”
“Precisaríamos ter muito mais atos como esse. Luto por um Brasil melhor para os meus bisnetos”, afirmou Marcia Bender Borcath, de 68 anos.
Por volta das 11h30, os manifestantes se dirigiram às escadarias da Catedral Basílica, onde entoaram a canção “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Após um minuto de silêncio, todos soltaram os balões em homenagem à vida de Marcelo Arruda.
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E o padre da Catedral, o Dom Peruzzo, sequer saiu pra se unir ao protesto contra um ato terrorista que levou a morte de Marcelo Arruda.
Papa Francisco, toma nota por favor!