Usuários do parque São Lourenço reclamam de mau cheiro

O casal Renan Mendonça, 19 anos, e Kethelen dos Santos, 21, mora perto ao parque São Lourenço, em Curitiba. De vez em quando aproveitam a proximidade para visitar o local, mas assim como outros frequentadores, reclamam do mau cheiro dos últimos dias.

A reportagem do Plural foi até o local para entender o que causa o odor desagradável. Atualmente a empresa Fos Engenharia, que tem sede em Santos (SP), realiza a dragagem da lagoa do parque.

Desde 2019, a Fos atende a prefeitura de Curitiba e é responsável pela manutenção de todos os parques do município. Além do São Lourenço, também está em andamento a dragagem do lado do parque Barigui.

O objetivo é “limpar” o fundo da lago, ou seja, fazer o desassoreamento. O que é retirado da área – até agora 40 mil metros quadrados só no São Lourenço – é armazenado em bolsas alocadas em uma das margens. É daí que vem o mau cheiro.

Frequentadores do parque questionaram também o porquê de o lodo da lagoa não ser descartado imediatamente. Segundo a empresa, o material coletado é desagregado (separado) e a água devolvida. Depois disso, o lodo precisa secar, antes de ser recolhido pela prefeitura.

Justamente neste ínterim que pode ocorrer o mau cheiro, embora não houvesse nenhum odor durante a permanência da nossa equipe no parque.

Cheiro é por causa de dragagem

Além disso, parte do que é dragado também é reaproveitado em redes de contenção feitas nas margens do lago – 600 metros já foram reforçados no parque.

Para que a operação funcione existem cinco áreas que estão ocupadas pelas bolsas, incluindo as quadras de areia, o que também incomoda os usuários.

Mais da metade do trabalho já está executado, contudo, a previsão de término da manutenção é apenas para o segundo semestre deste ano.

A vigência do contrato da Secretaria de Meio Ambiente com a empresa é até 2023. De acordo com o Portal da Transparência o valor pago pelos serviços em lagos, lagoas e rios dos parques até agora é de R$ 9.383.557,17.

Em nota a Secretaria de Meio Ambiente disse que a dragagem “aumenta a capacidade dos lagos para contenção de cheias (principais funções dos lagos urbanos dos parques da cidade), além de melhorar a qualidade da água dos rios”.

O texto também diz que “o maior desafio em operações desta natureza é a magnitude, afinal são aproximadamente 46 mil metros quadrados de material a ser dragado. Por isso foi necessário utilizar, temporariamente, as canchas de areia e demais áreas no parque, de forma rotativa, a cada quatro meses. Os polímeros acrescentados ao material servem para impedir que sejam exalados odores do material orgânico”.

Além disso, a pasta ressalta que “o município dispõe de um canal oficial para que o cidadão possa fazer o registro de reclamações e pedido de serviços, que é a Central 156, que pode ser acessada por telefone, internet ou aplicativo para smartphone”.

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