Conheça os Gulin: herdeiro que quer “questionar o status quo”

Dono de uma incorporadora, Alfredo Gulin Neto quer transformar a sociedade com seus empreendimentos imobiliários em Curitiba e Santa Catarina

O engenheiro civil Alfredo Gulin Neto acredita que “a arquitetura tem o poder de transformar vidas, literalmente”. CEO da AG7 Realty desde 2019, ele esta à frente de projetos inovadores, como o prédio Ícaro, no Cabral, que se pretende uma floresta urbana vertical emoldurando “casas suspensas” numa das regiões mais nobres de Curitiba.

Neto é herdeiro de Alfredo Gulin, um dos nove filhos do patriarca José Gulin que construíram parte das empresas que formaram o que se chama hoje de Rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba. Alfredo pai fundou a Viação Santo Antônio, que compõe o Consórcio Pontual, vencedor do Lote 1 do transporte coletivo da capital. Atualmente Alfredo Filho mantém uma participação societária na Sorriso Participações, que por sua vez detém participação na Viação Sorriso, integrante do Consórcio Pioneiro, detentor do Lote 3 da RIT.

Alfredo Gulin Neto não tem nenhuma participação societária direta nas empresas de transporte, mas divide com o pai a atuação no mercado imobiliário.

Igloo, no Água Verde.

Formado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Neto trabalhou no mercado financeiro antes de – junto com o pai, Alfredo Gulin Filho – fundar a AG7 Realty, incorporadora responsável por diversos empreendimentos conhecidos em Curitiba, como o iGloo, no Água Verde, o Ícaro no Cabral e o Age360, no Ecoville.

Com exceção do iGloo, os demais empreendimento são de luxo. No Ícaro, uma “casa suspensa” com assinatura do arquiteto Arthur Casas custa a partir de R$ 9 milhões. Já o Age360 – concebido para ser um “Spa Vertical” – oferta unidades a partir de R$ 7 milhões. Em comum, os empreendimentos tem um cuidado com o paisagismo, o design e o que a empresa chama de edifícios saudáveis.

Parte do trabalho de Neto à frente da AG7 é captar investidores para viabilizar os projetos ambiciosos da incorporadora. O que, diz, vem de sua experiência no mercado financeiro, e empresas globais. “Inspiro-me nas empresas globais que são líderes de real estate high end em mercados maduros, como EUA e Europa, e em designers, arquitetos e empreendedores em geral que criam disrupções na maneira como usamos produtos e vivemos”, disse em entrevista a revista Top View em 2017.

Em 2019, Neto foi tema de um perfil na revista QG cujo título era “Alfredo Gulin Neto: questionar é preciso”. “Adoro questionar o status quo, ouvir o contraditório, chegar em um lugar e ter a sensação que estou coletando muito conhecimento e que minha cabeça está expandindo”, disse à revista. Ele também disse que seu propósito é “transformar a sociedade através da criação de produtos e serviços criativos que gerem leveza, prosperidade, alegria e felicidade para quem os usa ou está próximo”.

Além de Curitiba, Neto investe em empreendimentos em Santa Catarina, mais especificamente na Praia do Estaleirinho, em Balneário Camboriú, onde a AG7 irá investir R$ 282 milhões em um complexo imobiliário.

Conheça os Gulin

Esta reportagem é parte de uma série do Plural dedicada a apresentar a família mais influente do transporte coletivo de Curitiba, os Gulins. Confira abaixo o que já publicamos.

Mas afinal, quem são os Gulin?
Quanto vale um Gulin?
Copel, imóveis e veículos: a rede de empresas dos Gulin desenhada

Sobre o/a autor/a

4 comentários em “Conheça os Gulin: herdeiro que quer “questionar o status quo””

  1. Estou acompanhando, sim. Inclusive estou até no grupo do whatsapp do Plural. Sempre leio as matérias. Porém, esta última está mais para uma propaganda do dito cidadão e da família dele do que para informações relevantes. Não acusei nada, só disse que parece. Em nenhum momento, na matéria, se faz uma ponderação crítica sobre o que é contestar o status quo. Creio que seria o mínimo a se fazer para não parecer uma propaganda.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      André, dizer que “Parece até que a família citada pagou pelo espaço” é uma acusação muito clara. Veja, o trabalho jornalístico é limitado pelos fatos. A interpretação e a opinião nós deixamos para os nossos leitores, que são mais do que capazes de entender o contexto da reportagem. Obrigada pela audiência. Rosiane

  2. Contextar o que? Este cidadão está reproduzindo desigualdades sociais, está reafirmando o status quo.
    E, convenhamos, que matéria mais estranha pra um jornal que se diz independente. Parece até que a família citada pagou pelo espaço.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Oi Andre, gostaria muitíssimo que você ponderasse o contexto antes de fazer uma acusação grave como a de aceitar pagamento por matéria. Este texto é parte de uma série de perfis que o jornal vem publicando mostrando quem são os Gulin. Talvez você não esteja acompanhando o nosso trabalho para fazer tal acusação. Att, Rosiane

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