Comunidade LGBTQIA+ pede ajuda para criar casa de acolhimento em Curitiba

União Nacional LGBT do Paraná pede assinaturas em petição para solicitar criação do espaço ao prefeito Rafael Greca

A União Nacional LGBT do Paraná (UNA-PR) pede assinaturas em petição pública que solicita a criação de uma casa de acolhimento em Curitiba. O local tem como função promover inclusão e igualdade, a exemplo de outros já existentes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, e também funciona como uma ferramenta para a reinserção social de pessoas LGBTQIA+.

A meta da entidade é conseguir dez mil nomes no abaixo-assinado para apresentar o documento na Câmara Municipal de Curitiba até o mês de setembro (as assinaturas estão sendo colhidas nas ruas da cidade e no site Petição Pública).

Episódio da série “Pelos Meus Olhos”, produzida pelo Plural, sobre Daisy da Silva Gomes Pinto – travesti com deficiência que saiu da casa de sua família após sofrer transfobia.

Em carta divulgada no Instagram, o diretor de direitos humanos da UNA-PR, David Antunes, explica que a comunidade LGBTQIA+ enfrenta cotidianamente rejeição familiar, discriminação e violência, o que resulta em um grande número de indivíduos que são expulsos de suas casas e acabam sem ter onde morar. Por isso, é necessário um local seguro e inclusivo, que ofereça abrigo e também apoio emocional.

Violência

O texto do abaixo-assinado traz números relativos à vulnerabilidade dessa população, como a afirmação de 37% dos brasileiros dizendo que não aceitariam ter um filho ou filha homossexual, conforme pesquisa do instituto Data Popular de 2013. 

Ainda segundo o conteúdo, dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) mostram que o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países mais transfóbicos do mundo, no topo do ranking entre os locais que mais mata transexuais e travestis (entre 2008 e 2014, foram registradas 689 mortes de pessoas trans e travestis; em 2020, o aumento de assassinato de pessoas trans foi de 41%). 

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Questionado sobre números de Curitiba, Antunes ressalta que não há dados locais divulgados sobre violência contra pessoas LGBTQIA+, o que já significa um problema na luta por políticas públicas que atendam às necessidades da comunidade.  

Outras informações pelo WhatsApp 41 98754-5331.

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