Cadeia de Piraquara tem três mortes de presos em menos de uma semana

Dois dos mortos foram encontrados enforcados dentro de suas celas da Casa de Custódia

Três detentos morreram em menos de uma semana na Casa de Custódia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. As mortes, aparentemente sem ligação uma com a outra, ocorreram em celas diferentes. Os corpos das vítimas foram enviados ao Instituto Médico-Legal para averiguações. A Corregedoria do Departamento Penitenciário foi acionada para investigar as circunstâncias das mortes.

O Plural conseguiu acesso ao relatório oficial sobre as três mortes. O primeiro caso foi o de Diogo Costa, no dia 13 de setembro. Aos 56 anos, Diogo é classificado na sua ficha como réu primário. De acordo com o relatório, a administração do presídio soube que havia algo errado quando os outros presos da cela começaram a gritar pedindo ajuda. O corpo foi encontrado sobre um colchão – o relatório não diz se havia marcas de violência.

Luan Correia Silva, de 26 anos, era de Teresópolis, no Rio de Janeiro. Morreu dois dias depois de Diogo, mas com uma diferença: no caso dele a causa da morte era bastante evidente. O preso foi encontrado enforcado com uma corda improvisada. O corpo, segundo o boletim de ocorrência, estava com as pernas encolhidas e os pés “tocando na bacia turca”.

A terceira morte também ocorreu por enforcamento. O preso Kassio Baeta da Silva, de 22 anos, estava na Casa de Custódia de Piraquara havia menos de um mês. Chegou em agosto e estava em uma cela superlotada: eram dezesseis pessoas no cubículo (celas externas feitas de concreto para aumentar a capacidade do presídio). O máximo seriam 12 pessoas, o que obriga presos a dormirem no chão, por exemplo.

O Plural procurou o diretor da Casa de Custódia, Márcio Zapchon, mas não obteve resposta. O contato com a Secretaria de Justiça, responsável pelo sistema penitenciário, também não foi respondido.

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