Arquidiocese e Cáritas voltam a atender migrantes e refugiados em Curitiba

Centro de Acolhida e Integração Santa Dulce dos Pobres auxilia famílias de migrantes e refugiados em situação de vulnerabilidade

A Arquidiocese de Curitiba, com o apoio da Cáritas, vai reabrir o Centro de Acolhida e Integração Santa Dulce dos Pobres, que auxilia migrantes e refugiados em situação de vulnerabilidade em Curitiba, nesta sexta-feira (19). O espaço fica no bairro Capão da Imbuia. 

Migrantes, refugiados e apátridas em condição de vulnerabilidade podem permanecer no centro de acolhimento durante três meses. Nesse período, eles são encaminhados para serviços que regularizarem sua documentação e autorização de permanência no Brasil, assim como o cadastro (ou atualização) no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e no Sistema Único de Saúde (SUS). As pessoas atendidas pelo centro também recebem aulas de português, orientações sobre como desenvolver currículos e auxílio na busca por vagas de emprego. Se as famílias tiverem crianças, elas são encaminhadas às escolas mais próximas que tenham vagas.

Segundo o site do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o espaço tem capacidade para receber 28 pessoas.

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Migrantes em Curitiba

Curitiba é a cidade brasileira que mais recebeu pessoas da Venezuela pelo programa de interiorização da Operação Acolhida do Governo Federal, que tem como objetivo realocar os refugiados e migrantes em Roraima para outros estados do país para oferecer mais oportunidades de inserção socioeconômica a essa população. São mais de 6,5 mil migrantes e refugiados venezuelanos na capital.

De acordo com o Painel de Interiorização, desenvolvido pelo Governo Federal, o ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Paraná é o segundo estado com maior número de pessoas interiorizadas pela Operação Acolhida (18,4 mil).

Além do movimento migratório venezuelano, Curitiba tem recebido pessoas de outras nacionalidades, como ucranianos, haitianos, cubanos e afegãos.

Evento 

A reinauguração acontece na sexta (19), às 14h30, no Centro de Acolhida (Rua Professor Benedito Conceição, 1691, Capão da Imbuia). A cerimônia contará com a presença do Arcebispo Metropolitano, Dom José Antônio Peruzzo, e autoridades do poder público.

Cáritas 

A Cáritas Brasileira é um órgão da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) que desenvolve ações humanitárias em várias partes do país. Em Curitiba, a Cáritas está presente há dois anos.

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Para auxiliar migrantes e refugiados, a Cáritas atua em três eixos de trabalho: proteção legal, assistência e integração. A proteção legal garante o atendimento às pessoas migrantes e refugiadas de orientação nos processos legais de regularização migratória, solicitações de refúgio, residência e encaminhamentos para serviços públicos como o CRAS, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Sistema Nacional de Emprego (SINE) e o SUS. 

A assistência avalia as situações individuais dos migrantes e suas necessidades, tais como doação de Cartão Alimentação, cesta básica, roupas, fraldas, cobertores, auxílio aluguel, entre outros. Já a integração laboral tem como objetivo fomentar a inserção dos migrantes no mercado de trabalho.

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1 comentário em “Arquidiocese e Cáritas voltam a atender migrantes e refugiados em Curitiba”

  1. Importante que a Polícia Federal e o MPPR acompanhem os trabalhos da Caritas na Arquidiocese de Curitiba. Especialmente em relação ao combate ao tráfico humano, proteção da criança e adolescente e identificação de migrantes conectados ao garimpo ilegal aqui no Brasil.
    É triste ver nossos Brasileiros vivendo em situação de rua e com fome a poucas quadras da Arquidiocese e migrantes que vieram garimpar terras de indígenas Brasileiros recebendo gordas cestas básicas na Arquidiocese.

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