Nesta quarta-feira (22) a presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, Maria Alice Erthal, foi ouvida na Câmara Municipal. Entre os questionamentos feitos pelos vereadores estava o caso do áudio vazado no qual ela pedia para que a Guarda Municipal (GM) amedrontasse pessoas em situação de rua.
O caso aconteceu em agosto deste ano. Em um áudio enviado em grupo de WhatsApp da equipe, Erthal sugere que os trabalhadores da FAS acionem a GM. “Se precisarem ir com a guarda… Não sei se vocês receberam alguma ordem de não tirar as pessoas, mas está um absurdo aquilo ali, sabe? Se vocês puderem… Não precisa tirar na marra, mas que vá a Guarda Municipal para eles começarem a ficar com um pouquinho de medo. Porque tá difícil, tá muito feio aquilo ali, tá bom? Qualquer coisa, estou à disposição”.
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O caso repercutiu no Paraná e apesar da gravidade a base do Executivo na Câmara e o próprio prefeito Rafael Greca (PSD) fizeram esforço para manter Erthal no cargo. Em paralelo essa se desculpou publicamente.
Exagero
Durante a fala desta quarta, a presidente reforçou que “não quis ofender ninguém”. “Acho que houve um pouco de exagero nas interpretações (…). Recebi duas denúncias naquele dia de situações na Marechal e na André de Barros e eu sempre dou uma passada [na rua] realmente estava bem difícil”, justificou.
Ela mencionou ainda agressão contra uma servidora por parte de uma pessoa abordada, mas não citou registro de boletim de ocorrência sobre o caso. Erthal lamentou o vazamento do áudio e afirmou que a pessoa responsável pelo vazamento deveria ter procurado a direção da FAS. “Pessoas que não gostava de mim, muito triste esse vídeo vazou, o que é muito triste, ao invés de vir falar comido e procuramos remediar qualquer dúvida, qualquer situação”.
Quem perguntou foi a vereadora Maria Leticia