O número de crianças em idade escolar com diagnósticos de necessidades especiais em Curitiba aumentou 3,75 vezes entre 2014 e 2023. São estudantes que têm desde deficiências físicas até diagnósticos de autismo, déficit de atenção ou transtorno opositor e que, portanto, exigem algum tipo de apoio no ambiente escolar. Apesar do aumento, o número de matrículas da educação especial aumentou de forma desproporcional na rede pública de ensino.
A cada 9 estudantes com necessidades especiais, 6 estão na rede pública. Enquanto na rede privada o total de matrículas da educação especial foi de 3,3 mil em 2014 para 5,9 mil em 2023, na rede pública o total de matriculados foi de 1,5 mil para 12,6 mil no mesmo período, cerca de 54% dessas crianças estão na rede municipal de ensino.
Os dados são do Censo Escolar, do Ministério da Educação, referentes a crianças matriculadas na rede de ensino de Curitiba na educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). O total considera tanto alunos matriculados na educação inclusiva (ou seja, que estão no ensino regular) quanto a educação especial exclusiva (classes exclusivas para educação especial).
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 80% das crianças matriculadas como educação especial são do sexo masculino e 73% são diagnosticadas com Transtorno Global de Desenvolvimento, o que inclui o autismo.