Vereadores de Curitiba rejeitam PL que previa uso de câmeras corporais por guardas municipais

De autoria dos vereadores Renato Freitas (PT) e Dalton Borba (PDT), maioria dos vereadores votou contra o projeto que traria mais transparência para a população

Por 23 a 5 a Câmara de Curitiba rejeitou o Projeto de Lei que previa utilização de câmeras corporais pelos guardas municipais de Curitiba, nesta terça-feira (22).

O projeto, que tramitava desde 2021, é de autoria dos vereadores Renato Freitas (PT) e Dalton Borba (PDT), e só recebeu cinco votos favoráveis. Além dos proponentes, votaram pelo projeto Maria Letícia (PV), Marcos Vieira (PDT), Professora Josete (PT).

Os vereadores votaram um projeto substitutivo, assinado por outros vereadores, que recebeu emendas ao longo da tramitação. O texto original também foi votado. Ambos rejeitados.

A redação do projeto substitutivo previa o uso das câmeras e equipamentos de GPS nos uniformes e viaturas da Guarda Municipal durante o expediente.

O Sindicato dos Guardas Municipais se posicionou contra deste o começo, alegando que isso tiraria a privacidade dos agentes. Além disso, a categoria também apontou outros pontos que não têm relação com o projeto como falta de infraestrutura e baixa remuneração.

Houve inclusive interrupção dos debates ao longo da sessão porque membros do sindicato interromperam os parlamentares.

Os vereadores de extrema-direita acusaram Freitas de ter apresentado o projeto como forma de retaliação à Guarda Municipal, já que ele já foi abordado diversas vezes pelos agentes.

“Eu mesmo fui alvejado covardemente pela Guarda Municipal, inclusive, pelas costas, algo que denota crueldade, preconceito mas, sobretudo, covardia. E no intuito de eliminar esta covardia e de fiscalizar a violência exercida pelo Estado que propusemos o projeto. Este projeto vem de minha autonomia como parlamentar e por isso, assim como o vereador Dalton Borba, me orgulho de estar na contramão da maioria dos vereadores desta casa”, afirmou Freitas após a votação.

O petista declarou ainda que o projeto também protege os guardas municipais e que as imagens eventualmente poderiam ser utilizadas para produzir provas.

Coautor do projeto, Borba questionou os colegas que votaram contra, bem como os membros do Sindicato sobre razões técnicas para que o texto não fosse aprovado. “Essa discussão é meramente retórica”, criticou.

Sindicalistas acompanham a votação | Foto: colaboração/Plural.

A redação do substitutivo, o uso das câmeras e equipamentos de GPS nos uniformes e viaturas da Guarda Municipal de Curitiba “se tornará obrigatório a todos os seus agentes durante o exercício das atividades profissionais”. Ou seja, eles seriam acionados no início do turno dos guardas municipais e desligados no fim do expediente de trabalho.

Logo após o início da tramitação do PL na Câmara, o prefeito Rafael Greca (PSD) adotou a utilização de câmeras via decreto.

Com a rejeição do plenário o projeto é excluído e um semelhante só poderá ser apresentado dentro de um ano. Se isso ocorrer, a pauta será herdada possivelmente por Dalton Borba, porque Renato Freitas assume como deputado estadual a partir do ano que vem.

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2 comentários em “Vereadores de Curitiba rejeitam PL que previa uso de câmeras corporais por guardas municipais”

  1. esses guardas municipais fizeram uma baderna lá na câmara. eu assisti no youtube, eles gritavam no meio do debate. tem que aumentar o nível de escolaridade de quem ingressa na guarda, pq eles tavam mais pra trogloditas do que pra policiais ali e indo contra um negócio que protege eles. Tem que testar o QI deles nesses exames pra guarda!

  2. “Paraná Preto”
    Carol Dartora, preta, sequer foi na câmara municipal votar no projeto hoje.
    Herivelto Oliveira, do Cidadania23, votou CONTRA o projeto que protegeria a vida de pessoas pretas.
    O único preto na política Paranaense que realmente luta pelos direitos dos pretos, é o Renato Freitas.
    Enquanto mais pessoas querem Renato como representante, inclusive como Presidente do Brasil, o número de pessoas arrependidas de terem votado na Carol cresce dia a dia.
    Enquanto Renato desacorrenta as nossas mentes, a Carol fica dependente dessas correntes dentro do PT pra conseguir qualquer coisa.
    Renato está do lado da verdade.
    Já era esperado mais um voto aporofóbico e racista contra um projeto do Renato Freitas. Nada disso nos surpreende numa câmara municipal repleta de vereadores racistas e burgueses – inclusive vereadores pretos que se tornaram mentalmente burgueses.
    Renato trilhou o bom caminho, e na trilha as máscaras de inimigos declarados e de companheiros do PT caíram ao chão.
    E o povo também viu tudo, e o povo aprendeu.
    Da árvore Renato, várias sementes foram plantadas. Especialmente na periferia de Curitiba e de outros estados no Brasil. E essas sementes já começaram a germinar.
    Quanto as correntes da Carol, ela já está as carregando.

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