Tropa de choque da PM faz plantão na Alep em dia de votação de pacotaço de Ratinho

Presença da PM foi demanda do próprio legislativo, onde deputados votam hoje a privatização da Copel

A calorosa discussão do combo de projetos enviados à Assembleia Legislativa (Alep) pelo Executivo ainda nesta segunda-feira (21) ocorreu sob proteção policial. Desde o início da tarde desta terça (22), um conjunto de viaturas da tropa de choque da Polícia Militar do Paraná (PMPR) circunda a sede do legislativo do estado.

Segundo a PM, as equipes foram acionadas pela própria Assembleia, onde as propostas são votadas em ritmo de tratoraço, entre elas a que prevê a privatização da Copel, a maior estatal do Paraná.  A corporação informou também que o deslocamento da tropa de Choque é o protocolo quando se trata da guarda de prédios públicos.

Procurada, a Assembleia Legislativa não se manifestou.

Mobilização enxuta

O teor polêmico das iniciativas juntou manifestantes dentro Casa, em mobilização até agora pacífica e enxuta – embora vaias fora de hora irritem os deputados da base. Das galerias, servidores da Copel acompanham os debates. Mais cedo, cerca de 50 alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) marcharam em direção à Alep em ato contra projeto que reduz a autonomia da instituição, uma das mais tradicionais do estado.

A APP Sindicato, representante dos professores, também está presente. A PM disse ter sido convocada pela Alep por causa da manifestação da entidade, embora nenhum movimento tenha justificado a presença dos policiais até o momento.

PM e APP Sindicato têm um histórico bastante tumultuado. Em 29 de abril de 2015, um ato de professores em frente à Alep terminou com mais de 200 feridos depois da investida da PM contra os manifestantes.

Um dos comandantes da operação era Hudson Leôncio Teixeira. À época à frente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), ele agora comanda a PM paranaense.

No cargo, ganhou repercussão nas últimas semanas depois de afirmar que estava “prevaricando” por postergar o desbloqueio de um dos trechos interditados no Paraná por bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições presidenciais deste ano, que deram vitória ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. O caso agora será investigado pela Polícia Civil.

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