O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), informou por meio de sua diretoria de comunicação que não vai se manifestar sobre os documentos incluídos pelo deputado estadual Renato Freitas (PT) nas alegações finais do processo a que responde no Conselho de Ética. Freitas inseriu diversos trechos da delação premiada feita por Vicente Malucelli contra Traiano, em que o presidente da Assembleia aparece supostamente cobrando propina para renovar o contrato da TV Icaraí, responsável pela produção de conteúdo da TV Assembleia.
Questionada sobre o fato, a diretora de Comunicação da Assembleia Legislativa, Kátia Chagas, respondeu com um ofício do Ministério Público, com data desta sexta-feira (1), em que o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Mauro Sérgio Rocha, afirma que os documentos citados nas alegações finais de Freitas pertencem a processos judiciais que estão sob sigilo. Um deles sob sigilo total e outro sob sigilo médio.
“A Comissão de Ética da assembleia recebeu esse oficio em que MP vai tomar as devidas providências necessárias para responsabilizar o vazamento e a reprodução pública de supostos documentos por qualquer meio ou veículo de comunicação”, afirmou a diretora de comunicação em mensagem ao Plural. Em função do caráter sigiloso dos processos, Traiano também não se pronunciaria sobre o caso, nem comentaria as denúncias das quais é alvo.
O presidente do Conselho de Ética da Assembleia, deputado Delegado Jacovós (PL), decretou sigilo do processo contra Renato Freitas. O Plural tentou contato com o deputado, mas ele não atendeu as ligações na tarde e noite desta sexta.
Questionada pelo Plural sobre o sigilo dos processos, a assessoria de imprensa de Renato Freitas afirmou apenas que o deputado irá se pronunciar sobre o caso “no momento apropriado”, sem dizer quando exatamente isso ocorreria.
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Parabéns ao PLURAL por suas publicações inteiramente transparentes, sem impor nenhum sigilo em suas matérias jornalísticas, nem quanto aos nomes envolvidos e nem quanto aos processos existentes. É bem isso que toda a mídia deveria praticar, sem esconder nada, de ninguém, sobre os fatos que envolvam pessoas envolvidas em processos públicos, até que a verdade seja conhecida.