Servidores param para cobrar reposição salarial

Sindicatos se reúnem nesta segunda com o secretário Reinhold Stephanes para tentar um acordo

Os servidores estaduais devem realizar nesta segunda (29) uma paralisação para reivindicar o cumprimento da data-base e o pagamento das perdas salariais dos anos anteriores. A reivindicação é por uma reposição de, no mínimo, 4,8%. De acordo com os sindicados, após 44 meses de defasagem, os prejuízos chegam a 17%. Às 11 horas, representantes dos sindicatos devem se reunir com o secretário de Gestão Pública, Reinhold Stephanes para tentar um acordo.

Quando ainda deputado estadual, Ratinho Junior (PSD) defendeu o pagamento da defasagem salarial aos servidores. Nas eleições chegou a prometer que, no governo, daria tratamento diferente ao funcionalismo. Mas ao assumir o Estado, o governador afirmou que as finanças não permitiriam reajustar os vencimentos das diversas categorias de servidores.

“O que pedimos não é nem um aumento de salário é apenas um reajuste, que não acontece há três anos. Um verdadeiro descaso do governo. Nossa pauta é extensa mas o ponto mais importante é a data-base”, afirma Donizete Silva integrante da coordenação do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que organiza a paralisação.

Na pauta emergencial, que será levada para reunião com o secretário nesta segunda, estão reivindicações como: respeito à jornada de trabalho, melhorias no atendimento à saúde, realização de concurso público, além da posição contrária à reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro.

O pagamento da data-base e o reajuste aos servidores foi uma das promessas de campanha do governador Ratinho, que agora serão cobradas. “Esperamos uma mesa de negociação efetiva, não como nos outros anos, em que foram só promessas. Se continuar com o discurso que não tem dinheiro e que está impedido por questões legais, o que não é verdade, se continuar com essa política de desvalorização, a tendência é que, pela insatisfação do servidor, a greve seja muito mais encorpada e duradoura”, alerta o sindicalista.

Caravanas devem chegar do interior e se reunir às 9h na Praça Santos Andrade, de onde os manifestantes seguem em passeata até a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico.

4 anos

A data também marca os quatro anos do massacre do Centro Cívico, quando várias categorias do funcionalismo protestavam contra a votação de projeto que permitiu o governo tirar recursos do Paranaprevidência para cobrir o rombo no orçamento do Estado. A polícia jogou bombas, balas de borracha e gás lacrimogênio nos manifestantes. A batalha deixou um saldo de 200 feridos.

Massacre do Centro Cívico deixou 200 feridos.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima