O Plural vai transmitir a roda de conversa com candidatas mulheres ao Poder Legislativo no Paraná, que ocorrerá nesta quinta-feira (22) às 19h30. O evento será realizado como uma espécie de sabatina eleitoral, com o objetivo de apresentar as propostas de 12 mulheres que concorrem para os cargos de deputadas estadual e federal e senadoras. Promovido pelo pub e bar Rua Pagu, o evento tem previsão de duração de 2h a 2h30, segundo a equipe de organização.
Ao longo do evento, as 12 candidatas convidadas – que incluem deputadas estaduais, federais e uma senadora – vão apresentar seus planos de governo e propostas para o Legislativo, através de questões elaboradas pela mediadora Laira Tenca.
As candidatas ao Legislativo estadual que confirmaram presença no evento são Ana Júlia Ribeiro (PT), Giorgia Prates (PT), Giovanna Silveira (PSOL), Maria Letícia (PV), Prof. Josete (PT), Roberta Cibin (PDT) e Rita Lins (PT). Já as candidatas ao cargo de deputadas federais incluem Andréa Caldas (PSOL), Vanessa Cristina (PCB) e o Coletivo Ekoa (PSOL), que é uma candidatura coletiva ao Legislativo composta por oito ativistas: Jovina Renhgá, Luciano Padilha, Maria da Comunidade, Douglas Rezende, Etiene Bento, Leandro Rotänh e Vivi Facchini. Na disputa pelo Senado, a candidata convidada é Desiree Salgado (PDT).
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A conversa será realizada da forma mais justa possível e, por isso, contará com perguntas sobre diversos temas. Porém, a sócia e idealizadora da Rua Pagu, Fabíola Nespolo, ressalta que nem todas as candidatas serão questionadas sobre todos os temas por uma questão de tempo. “Vamos sortear duas perguntas para a primeira metade de candidatas, e cada uma terá dois minutos de resposta para cada pergunta, e mais duas questões serão respondidas pela outra metade das candidatas. Ao final, vamos sortear novamente essas candidatas para que elas façam perguntas entre si, então cada candidata poderá questionar outra mediante sorteio, de modo que, ao final, elas tenham respondido três perguntas”, explica.
Ao final dos dois blocos de perguntas, a sabatina será aberta para as pessoas presentes no bar, para que as pessoas apresentem suas demandas e propostas e façam perguntas para algumas das candidatas, conforme permitido pelo tempo.
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Segundo a idealizadora da Rua Pagu, o objetivo do evento é estimular a representatividade feminina nas eleições, em harmonia com o posicionamento feminista do bar e pub. “Primeira questão é que a Rua Pagu é um espaço político-cultural. Temos um posicionamento político bastante firme, e nunca tivemos pudor em expressar isso”, afirma.
Além disso, Fabíola ressalta outra questão que levou à organização do evento: o caráter histórico das eleições de outubro. “Estamos em um ano bastante decisivo para as nossas políticas públicas. Vivemos em um governo que, para nós, mulheres, é bastante opressor. Basta sentir nas pesquisas e nos números o quanto a violência contra nossos corpos têm crescido, e como nossos direitos têm sido limitados. Na minha opinião, esse foi o governo que menos investiu em políticas públicas voltadas para as mulheres.”
A análise de Fabíola corresponde ao atual cenário brasileiro, no qual o governo Bolsonaro reservou, em 2022, o menor orçamento desde o início do mandato para medidas de enfrentamento da violência contra a mulher. Segundo a nota técnica Análise do orçamento das políticas públicas para as mulheres – 2019 a 2021, produzida pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o governo investiu apenas R$ 5,1 milhões em políticas públicas de proteção às mulheres e, como consequência, o Brasil registrou um feminicídio a cada sete horas em 2021, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
“A ocupação desse governo por mulheres, seja no Executivo, Legislativo e até mesmo nas assessorias e gabinetes, é ínfima. Por isso, é difícil levar as pautas feministas para o debate e aprovação”, explica Fabíola.
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Considerando todos esses fatores, a equipe da Rua Pagu decidiu ajudar a divulgar o trabalho das principais candidatas ao Legislativo paranaense. “Pensando nisso, trouxemos uma forma de representar parte da diversidade que conseguimos, dentro das nossas limitações físicas e temporais. A gente tentou trazer candidatas de diversos partidos, com pautas variadas. Temos candidatas negras, lésbicas, brancas, enfim… tentamos criar um pequeno universo de possibilidades para que possamos nos identificar e, quem sabe, ocupar mais esses espaços de poder, como é a política.”
Serviço
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