Nós, Mulheres – projeto usa fotografia para trabalhar autoestima e empatia femininas 

Com a iniciativa, 20 mulheres de comunidade na RMC ganharão ensaios fotográficos e representarão a pluralidade feminina

Será lançado nesta quinta-feira (1º) o projeto Nós, Mulheres, em que 10 profissionais da fotografia irão até a Comunidade Nova Esperança, em Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba para fazer um ensaio com 20 mulheres escolhidas pelos integrantes da comunidade. A ideia é trabalhar a autoestima por meio da fotografia, em ensaios que mostrem o quão diverso é o mundo feminino e as diferentes realidades em que vivem as 20 integrantes do local, somadas às outras 10 mulheres que aderirem ao projeto.

De acordo com a jornalista e idealizadora do Nós, Mulheres, Martha Toledo, o primeiro passo do projeto voluntário foi fazer a seleção de forma justa.

Foto: Eve Ramos

“Aquelas que gostariam e também para contemplar a diversidade, porque lá existem refugiadas, mães-solo que batalham ali, então a gente procurou diversificar bastante, até porque é uma comunidade com cinco mil pessoas, muito engajada e dividida em coletivos, grande parte deles liderados por mulheres. Então são as 20 contempladas na comunidade, que não vão pagar nada pelo ensaio, e mais dez mulheres pagantes, aqui da cidade. Essas que aderirem vão pagar o valor de R$ 500 por um ensaio com fotógrafos renomados de Curitiba. Esses profissionais vão repassar esse valor integralmente para o projeto para que a gente possa fazer todo o trabalho lá na comunidade. As mulheres aqui da cidade farão as fotos no decorrer do mês de setembro e o ensaio na comunidade vai acontecer num dia só para que a gente possa otimizar toda a logística”, explicou Martha.

Foto: Eve Ramos

Muito além da fotografia

A idealizadora também ressaltou que a verba levantada com a venda dos pacotes será destinada a produzir o necessário para realizar os ensaios e estimular a economia na comunidade. Tudo com um propósito.

“Não é só um projeto de fotografia. É um projeto que trabalha a empatia. Quando as pessoas voluntárias vão até a comunidade e se encontram com as mulheres, surge uma conexão linda, as pessoas se transformam e compreendem a vida na comunidade para além dos preconceitos. A empatia é colocar-se no lugar a da outra pessoa, e o projeto permite esta conexão. Parte desse dessa verba vai pagar profissionais para produzirem essas mulheres. Então, manicure, maquiagem, cabeleireiro e toda a parte de beleza, metade desses profissionais são locais e os demais serão contratados para produzirem essas mulheres. Também vamos levar voluntários de fora, maquiadores, cabeleireiros, tem até um produtor de moda envolvido e também uma consultora de imagem para fazer a produção. As roupas serão as de brechós lá da comunidade. Os lanches vão ser produzidos pela padaria comunitária e na venda da Dona Crô, que é uma das mulheres que será fotografada. Tudo para fazer circular a economia ali dentro da comunidade”, disse.

Foto: Eve Ramos

Exposição

As fotografias serão usadas para uma exposição itinerante que circulará por espaços de Curitiba e região metropolitana, com estreia programada para 17 de novembro, na Comunidade Nova Esperança. A data escolhida não é aleatória, e sim porque é o Dia Mundial da Empatia.

Serviço – O lançamento do projeto será nesta quinta-feira, às 19h30, em evento aberto ao público, dentro do projeto Jardim de Ideias da Casa Portfólio.
Rua Alberto Folloni, 634 A – Centro Cívico

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