O Partido Novo anunciou a pré-candidatura de Deltan Dallagnol à Prefeitura de Curitiba de uma maneira curiosa: a notícia não foi dada em um evento público, nem em uma entrevista coletiva, mas sim por uma notificação extrajudicial para que um instituto de pesquisa inclua o ex-coordenador da Lava Jato num levantamento de intenção de votos.
Na nota enviada ao instituto, o diretório do Novo de Curitiba afirma que está formalizando a pré-candidatura de Deltan, e que portanto o nome dele deveria ser incluído junto com os dos demais pré-candidatos para que os eleitores digam se pretendem votar nele.
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Deltan se elegeu com mais de 300 mil votos para deputado federal em 2022, no entanto acabou perdendo o mandato logo depois de tomar posse. O Tribunal Superior Eleitoral chegou à conclusão de que Deltan se desincompatibilizou da Procuradoria da República muitos meses antes do prazo legal para evitar ficar inelegível. O procurador era alvo de várias denúncias, e caso uma delas gerasse um procedimento administrativo, ele não poderia mais concorrer a deputado pela Lei da Ficha Limpa.
A interpretação de que Deltan tentou burlar a Lei da Ficha Limpa tem grandes probabilidades de impedir também sua candidatura a prefeito. Especialistas consultados pelo Plural dizem que é possível que o registro da candidatura seja aceito na primeira instância, mas caso algum concorrente recorra a Brasília, o TSE dificilmente deixará de confirmar sua interpretação anterior.
A ideia de Deltan, nessa hipótese, parece ser a de lançar a esposa, Fernanda, para a Prefeitura. Ela também se filiou ao Novo e está fazendo um curso para candidatos no RenovaBR.
Tem meu voto. Ele ou a esposa. O TSE cometeu uma injustiça, no caso Deltan, que a sociedade precisa repudiar de algum modo. Isto aqui ainda não é, oficialmente, uma ditadura.
Não, meu caro. O Deltan cometeu uma irregularidade. Ele, como ex-procurador, não pode se dar ao luxo de dizer que não sabia. Mais do que isso, a Justiça Eleitoral entendeu que ele tentou escapar da punição. A lei é para todos.
Obrigada pela audiência.
Rosiane
Só expulso foi pouco,Deveriam ter prendido o policial e teria que responder processo. Afinal tortura é crime hediondo mesmo quando o sujeito é bandido.