Ministério Público denuncia homem por injúria racial em Campo Largo

Crime de injúria racial contra uma mulher ocorreu durante uma partida de vôlei entre os times de Campo Largo e Paranaguá

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), denunciou um homem pelo crime de injúria racial contra uma mulher durante uma partida de vôlei no último domingo (18).

O crime, segundo o órgão, ocorreu no ginásio da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, durante jogo entre os times de Colombo e Paranaguá. O homem, de 26 anos, teria se referido à mulher dizendo: “Tinha que ser de Paranaguá essa preta”, fazendo referência ao time da jogadora. Ao mesmo tempo que proferia as ofensas, o acusado imitava um macaco.

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De acordo com o inquérito policial sobre o caso, o homem estava na arquibancada e, por diversas vezes durante a partida, teria proferido falas e gestos ofensivos dirigidos à jogadora. Atualmente, o denunciado está detido na Cadeia Pública de Campo Largo.

Injúria racial

Desde janeiro deste ano, uma alteração legislativa fez com que o crime de injúria racial fosse equiparado ao de racismo. Isso significa que não existe mais a possibilidade de réus desses casos responderem ao processo em liberdade, a partir do pagamento de fiança, que antes podia ser fixada pela autoridade policial em casos de injúria.

Agora, a injúria racial é um crime imprescritível, ou seja, a qualquer tempo, independente de quando o fato aconteceu, o mesmo pode ser investigado e os responsáveis processados pelos órgãos do sistema de justiça e, se condenados, podem receber uma pena de dois a cinco anos de reclusão.

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