No sábado (17), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Curitiba para um comício com apoiadores. O ato começou às 10h, na Boca Maldita, mas o candidato à presidência nas eleições 2022 só subiu no palanque perto da uma da tarde.
O clima bom em Curitiba garantiu um público numeroso. Antes de falar aos eleitores, Lula recebeu partidários em um hotel, acompanhado da esposa Janja, que tem atuado fortemente na campanha.
Lula em Curitiba
Aos apoiadores, Lula disse não ter “raiva” de Curitiba por ter ficado preso por causa da Lava Jato. O ex-presidente também pediu votos para o candidato petista ao governo do Paraná, Roberto Requião, num último fôlego para melhorar a situação contra Ratinha Jr. (PSD).
Lula também chamou Bolsonaro de mentiroso. “Ele não entende de educação, só entende de fake news”, disse.
O candidato prometeu mais escolas em tempo integral, melhoria nos salários dos professores e assumiu o “compromisso com a educação”, além de anunciar o retorno do FIES e do Prouni, caso seja eleito.
Requião
O candidato do PT ao governo do estado, Roberto Requião, criticou o atual cenário político do país e disse que estava no palanque pelo presidente Lula. “Estou aqui em função da minha indignação com o que acontece com o Brasil hoje. O governo estadual tem limitações e precisamos ter um presidente da república da qualidade do Lula”.
Requião afirmou que os bolsonaristas foram iludidos pela Operação Lava Jato e pela “Rede Globo”, citou o papa Francisco e declarou um versículo da Bíblia. “Não se pode servir a Deus e a Mamon [dinheiro]”, se referindo às grandes fortunas do Estado. Ainda, o ex-governador fez duras críticas sobre a Copel e a Sanepar em relação às diretorias.
Dilma
A ex-presidente Dilma Rousseff, com gritos de “coração valente”, se dirigiu às mulheres durante sua fala. “Agradecer às mulheres paranaenses que são lutadoras e vão virar essa eleição e não vão deixar um genocida ser eleito”.
A ex-presidente lembrou de programas voltados para a educação, como o Brasil Carinhoso, para conquistar a simpatia das mães presentes.
Manuela D’Ávila
O presidente do PT no Paraná, Arilson Chiorato afirmou que a “república de Curitiba morre hoje e nasce a república da esperança”. O deputado estadual, que concorre à reeleição, também pediu votos para Requião.
Manuela D’Ávila (PCdoB) também subiu ao palanque. “Não tem noite que não termine. Vim aqui dizer para vocês que quem decide a eleição nos próximos dias são vocês. Precisamos entregar nos próximos 15 dias toda nossa energia”, disse D’Ávila.
Radolfe Rodrigues (REDE) chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de canalha e criticou a viagem dele para o funeral da Rainha Elisabeth. “Não temos direito ao medo. Não nos intimidemos com as ameaças do facismo”, disse à militância.
Gleisi Hoffmann
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que é uma das coordenadoras de campanha de Lula falou em resistência e mencionou que estava emocionada em Curitiba e chegou a chorar. “Curitiba te recebe nos braços do povo, presidente”, se referindo ao candidato. Essa foi a segunda vez que Lula veio à Curitiba depois de sair da prisão. A primeira ocorreu no ato de filiação do candidato Requião.
A petista também lembrou de Sergio Moro (União Brasil). “Temos o compromisso de derrotar Sergio Moro. Ele não será senador do Paraná”.
Do palanque acompanharam o comício Rosane Ferreira, candidata ao senado pelo PT, e os candidatos Zeca Dirceu, Ênio Verri, Requião Filho, Aliel Machado e Tadeu Veneri.
Também representantes de sindicatos e representantes de organizações de direitos humanos, movimento negro e LGBTQIA+.
Militância
Além do público geral, membros de movimentos sociais como MST, partidos políticos aliados, professores e movimento estudantil acompanharam as falas. Candidatos que concorrem às eleições pelos partidos aliados de Lula também aproveitaram para tentar angariar votos. Carol Dartora, Giorgia Prates, Renato Freitas, Elton Welter, Andreia Lima, foram alguns dos candidatos que estiveram no ato.
Sobre o/a autor/a
Tadeu Veneri-1331 deputado federal