Justiça manda empresa parar de coagir trabalhadores por voto em Bolsonaro

Concrevali ameaçou demitir 30% dos trabalhadores em caso de vitória de Lula

A Justiça do Trabalho acatou uma denúncia contra a Concrevali, de Campo Mourão, e determinou que a partir de agora a empresa se abstenha de coagir os seus funcionários. A empresa vinha afirmando que, em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial, teria que cortar seu orçamento em 30%, e que haveria demissões na mesma proporção.

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O Ministério Público do Trabalho considerou que se trata de uma tentativa clara de forçar os empregados a votar em Bolsonaro – o típico uso do poder econômico para coação de trabalhadores. O juiz Cícero Ciro Simonini Jr, da Vara do Trabalho, concordou e determinou que a empresa a partir de agora pare com a prática de ameaçar os trabalhadores de demissão.

Em caso de repetição da coação, a multa estabelecida foi de R$ 20 mil por ato ilegal. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (17).

As situações de coação eleitoral têm se repetido da parte de empresários bolsonaristas. Também no Paraná, a Cerâmica Nova, de Sapopema, também foi flagrada em situação parecida. O caso também foi levado à Justiça do Trabalho. Em 2018, o caso mais conhecido do gênero ocorreu no Supermercado Condor.

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1 comentário em “Justiça manda empresa parar de coagir trabalhadores por voto em Bolsonaro”

  1. O assédio eleitoral é uma prática hedionda que deveria ser combatida não apenas pelas autoridades, mas pela sociedade como um todo — em nome da liberdade. No entanto, a liberdade de expressão e o livre arbítrio parece que não têm mais importância para uma parcela da população brasileira. Tanto que a coação se tornou um dos principais recursos entre empresários e religiosos. Espero que o feitiço se volte contra o feiticeiro e que os trabalhadores e fiéis mostrem que não aceitam mais esse tipo de crime.

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