Deputados aprovam pacote de reestruturação salarial das forças de segurança  

Pacote de medidas enviado pelo governador Ratinho Jr. foi aprovado em primeiro turno, nesta terça-feira

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou nesta quarta-feira (30) o pacote de medidas enviado pelo governador Ratinho Jr. (PSD) que prevê a reestruturação salarial das forças de segurança do Estado. Embora o governo diga que isso é o melhor que pode fazer pelas categorias no momento, as propostas foram criticadas não só pela oposição como também pelos policiais, que seguem falando em greve. O projeto que trata especificamente dos salários dos policiais militares desagradou a categoria, que mantém um acampamento em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba.

Depois de um reajuste de 3% que foi considerado inaceitável pelas forças de segurança, Ratinho apresentou propostas complementares para tentar consertar a situação. Ao invés de uma reposição maior, a aposta foi por dar mais R$ 600 em vale-alimentação, uma vez que o valor não incide sobre os benefícios e seria dado apenas aos policiais e agentes da ativa. Com isso,segundo o governo, o custo anual seria de R$ 78 milhões.

A oposição parlamentar afirmou que não se devia aceitar projetos apresentados na véspera pelo governo, e reagiu apresentando emendas que gerariam concessões muito maiores aospoliciais – e um custo muito maior para o governo.

As emendas apresentadas pela oposição previam 34% de reposição inflacionária aos servidores de todas as carreiras, estende o auxílio-alimentação para trabalhadores da rede pública da educação e Detran, assim como servidores da saúde e do Executivo, além da criação de um auxílio de R$ 600 para aposentados do Estado.

Especificamente sobre a questão dos trabalhadores da segurança pública, a oposição pediu a correção da tabela salarial de toda carreira da Polícia Militar (PM), reajuste sobre os quinquênios, assim como o dobro do valor proposto pelo Executivo. Para a Polícia Civil (PC), os deputados propuseram a extensão da gratificação por cumulação de trabalho.

Líder da situação, o deputado Hussein Bakri (PSD() afirmou que as emendas não podem gerar impacto financeiro no orçamento do Estado. Pelas redes sociais, grupos de militares não descartam uma greve. Nesta quarta-feira o deputado Soldado Fruet (Pros) pediu para que os colegas pesquisassem no Google antes de dizer que as emendas são inconstitucionais.

Professores também cobram a data-base | Foto: Reprodução redes sociais

Para ‘reforçar’ a pressão contra Ratinho Jr., nesta manhã professores filiados à APP-Sindicato se juntaram aos policiais em frente ao Palácio Iguaçu para apoiar as emendas da oposição. Apesar da mobilização o pacote de reestruturação foi aprovado na íntegra e segue para sanção do governador Ratinho Jr.

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