Começa a privatização da Copel Telecom

Copel dá primeiro passo para venda e contrata consultoria

A Copel deu mais um passo rumo à privatização da sua subsidiária do setor de internet de fibra ótica, a Copel Telecom. Em comunicado ao mercado, publicado na última sexta-feira (11), a estatal divulgou a contratação do Banco Rothschild, para atuar como assessor financeiro, e do escritório de advocacia Cescon Barrieu, para atuar como assessor jurídico da Copel no estudo de “potencial alienação do controle da subsidiária”.

A realização de estudos que mostrem o potencial de privatização da subsidiária tinha sido aprovada em abril passado, após deliberação do Conselho de Administração da estatal. A Copel Telecom é uma das cinco subsidiárias da estatal. A empresa pública conta ainda com a Copel Geração e Transmissão; Copel Distribuição; Copel Renováveis; e Copel Comercialização.

Ainda em abril, o governador Ratinho Júnior (PSD), para justificar a decisão de privatizar a Copel Telecom, afirmou que a subsidiária não oferece serviço essencial à sociedade, e que não teria capacidade de disputar no mercado. Ledo engano. Ao menos é o que aponta o engenheiro da Copel e vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros, Leandro Grassmann, em artigo publicado aqui no Plural. Segundo o sindicalista, o governador desconhece o papel social da subsidiária, e sobretudo seus resultados financeiros e sociais.

“De acordo com a Celepar, os números de março de 2019 mostram que a Copel Telecom fornece 167 acessos da rede de alta velocidade e 3.352 acessos de banda larga aos órgãos do governo estadual. Ou seja, eficiência e excelência que o governador pode estar sendo induzido a entregar às empresas privadas. Agora pare e pense. É certo os paranaenses abrirem mão de uma empresa líder no ranking nacional para ser vendida, por exemplo, a TIM, Claro, Vivo e Oi, que são empresas de telecomunicações e lideram o ranking de reclamações do Procon em 2017 e 2018?”, questiona o engenheiro no artigo.

Licenciada desde 1998 para explorar serviços de internet, a Copel Telecom é responsável por 8,8% do mercado paranaense, e 3,4% do sul. Segundo relatórios financeiros da estatal, a subsidiária teve um aumento de 40% nas receitas líquidas entre 2016 e 2018.

De acordo com o relatório anual da subsidiária, o aumento de R$ 100 milhões na receita se deve principalmente ao “aumento do número de clientes, sobretudo no mercado varejista, com o produto Copel Fibra”. O EBITDA da subsidiária no primeiro trimestre deste ano, dado que se refere aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, teve um aumento de 34% em comparação ao mesmo dados do primeiro trimestre de 2018.

Com um aumento de 33% no patrimônio líquido entre 2017 e 2018, a Copel Telecom é a segunda subsidiária com maior percentual de aumento de investimento da estatal no mesmo período, com um crescimento de 28% dos valores de investimento aprovados pelos acionistas da empresa pública, atrás apenas da Central Eólica e Cutia, em Rio Grande do Norte.

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A Copel deu mais um passo rumo à privatização da sua subsidiária do setor de internet de fibra ótica, a Copel Telecom. Em comunicado ao mercado, publicado na última sexta-feira (11), a estatal divulgou a contratação do Banco Rothschild, para atuar como assessor financeiro, e do escritório de advocacia Cescon Barrieu, para atuar como assessor jurídico da Copel no estudo de “potencial alienação do controle da subsidiária”.

A realização de estudos que mostrem o potencial de privatização da subsidiária tinha sido aprovada em abril passado, após deliberação do Conselho de Administração da estatal. A Copel Telecom é uma das cinco subsidiárias da estatal. A empresa pública conta ainda com a Copel Geração e Transmissão; Copel Distribuição; Copel Renováveis; e Copel Comercialização.

Ainda em abril, o governador Ratinho Júnior (PSD), para justificar a decisão de privatizar a Copel Telecom, afirmou que a subsidiária não oferece serviço essencial à sociedade, e que não teria capacidade de disputar no mercado. Ledo engano. Ao menos é o que aponta o engenheiro da Copel e vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros, Leandro Grassmann, em artigo publicado aqui no Plural. Segundo o sindicalista, o governador desconhece o papel social da subsidiária, e sobretudo seus resultados financeiros e sociais.

“De acordo com a Celepar, os números de março de 2019 mostram que a Copel Telecom fornece 167 acessos da rede de alta velocidade e 3.352 acessos de banda larga aos órgãos do governo estadual. Ou seja, eficiência e excelência que o governador pode estar sendo induzido a entregar às empresas privadas. Agora pare e pense. É certo os paranaenses abrirem mão de uma empresa líder no ranking nacional para ser vendida, por exemplo, a TIM, Claro, Vivo e Oi, que são empresas de telecomunicações e lideram o ranking de reclamações do Procon em 2017 e 2018?”, questiona o engenheiro no artigo.

Licenciada desde 1998 para explorar serviços de internet, a Copel Telecom é responsável por 8,8% do mercado paranaense, e 3,4% do sul. Segundo relatórios financeiros da estatal, a subsidiária teve um aumento de 40% nas receitas líquidas entre 2016 e 2018.

De acordo com o relatório anual da subsidiária, o aumento de R$ 100 milhões na receita se deve principalmente ao “aumento do número de clientes, sobretudo no mercado varejista, com o produto Copel Fibra”. O EBITDA da subsidiária no primeiro trimestre deste ano, dado que se refere aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, teve um aumento de 34% em comparação ao mesmo dados do primeiro trimestre de 2018.

Com um aumento de 33% no patrimônio líquido entre 2017 e 2018, a Copel Telecom é a segunda subsidiária com maior percentual de aumento de investimento da estatal no mesmo período, com um crescimento de 28% dos valores de investimento aprovados pelos acionistas da empresa pública, atrás apenas da Central Eólica e Cutia, em Rio Grande do Norte.

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