Comandante do Corpo de Bombeiros quer melhorar atendimento ao público

Corporação não vai mais responder à Polícia Militar. PEC foi promulgada nesta semana pelos deputados

É oficial: o Corpo de Bombeiros do Paraná não responde mais à Polícia Militar. Nesta semana, os deputados promulgaram a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que confirmou a autonomia. A desvinculação total deve ocorrer, no entanto, em cerca de dois anos.

Com a mudança, a Polícia Militar deixa de ser responsável pelas atividades de gestão de recursos humanos, aquisição de materiais e equipamentos do Corpo de Bombeiros. No entanto, como há algumas estruturas que são dividiras com a PM, haverá um período de transição.

Estruturas como Hospital da Polícia Militar e colégios militares vão continuar atendendo as duas corporações. Hoje, existem 3 mil bombeiros militares no Paraná e a expectativa é de que ocorra a contratação de soldados pelo governo do Estado – mas isso ainda é só uma promessa, não há datas confirmadas.

Corpo de bombeiros

Durante a votação do projeto na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado Coronel Lee (DC) disse que havia conversado com líderes do governo do Estado e que os militares poderiam escolher integrar o quadro da PM ou dos bombeiros. Ele afirmou que haveria um projeto de lei para regularizar a situação. No entanto, isso não está previsto na PEC.

Já no ato da escolha em concurso público ou no ingresso na Academia Militar do Guatupê o candidato opta entre ser policial ou bombeiro. Nesta premissa, explica o comando dos bombeiros, os quadros serão mantidos.

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Com a emancipação, apenas os bombeiros de São Paulo continuam vinculados à PM no Brasil. Segundo o governo do Estado, a separação vai dar mais assertividade na gestão do orçamento para compras de equipamentos e demais despesas.

A troca não altera o número de emergências para o atendimento do Corpo de Bombeiros, que continua 193, com funcionamento 24 horas, todos os dias da semana.

Otimização

Ao Plural, o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, disse que pretende centralizar as atividades administrativas em cidades maiores para otimizar o atendimento da população.

“Primeiro não há possibilidade de desmilitarização e vamos manter a estrutura administrativa em grandes centros para liberar mais militares para atendimento de rua”, explicou.

Subordinados à PM, os bombeiros de todo Estado sofriam com falta de pessoal. No interior, grupamentos e subgrupamentos chegaram a baixar viaturas, ou seja, deixar de atender ocorrências por falta de pessoal.

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A proposta de desvinculação não era unanimidade entre os bombeiros militares, sobretudo aos praças por causa de questões previdenciárias. O governo do Estado, no entanto, se apressou em afirmar que não haverá alterações para aposentados e pensionistas. Já quem ainda está na ativa já vai se aposentar na estrutura nova, seguindo o parâmetro de militares estaduais – usando a mesma hierarquia da PM.

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