Saiba mais sobre Itamar Vieira Junior, escritor convidado do Litercultura 2022

Um dos autores mais famosos do Brasil hoje ganhou o prêmio Jabuti e o Oceanos pelo romance “Torto Arado”; veja o que o Plural publicou sobre ele

Itamar Vieira Junior é o escritor mais importante a participar do Litercultura 2022. Pelo menos no que se refere à quantidade de livros vendidos. “Torto Arado”, romance que deu a ele o prêmio Jabuti e o Oceanos de melhor romance, já ultrapassou a marca dos 100 mil exemplares vendidos no país. Uma marca de respeito e raríssima de se alcançar no gênero de “livros literários”, aqueles que não são didáticos ou de autoajuda (para ficar em dois exemplos de gêneros em que se encontram livros com 100 mil exemplares vendidos com mais frequência).

Pois, agora, Itamar Vieira Junior vem a Curitiba. No último sábado de agosto, dia 27, às 14h45, o escritor conversa com o cronista Luis Henrique Pellanda durante o fim de semana do Litercultura 2022, no espaço A Fábrika (leia mais sobre o evento aqui).

Para saber mais sobre a fama de Itamar Vieira Junior e sobre a importância de “Torto Arado”, o Plural reúne aqui textos que foram publicados pelo jornal quando a discussão que se criou em torno do livro – e da unanimidade em torno dele – estava quente. Há ainda um texto sobre “Doramar ou a Odisseia”, o livro de contos que o escritor lançou no ano passado. Confira a seguir.

1. Uma resenha

Na resenha “Por que o escritor Itamar Vieira Junior faz tanto sucesso?”, o jornalista Rogerio Galindo fala sobre as questões políticas abordadas pelo livro e sobre como a experiência do escritor como funcionário do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ajudou a moldar uma visão de mundo que se revela na história fictícia das irmãs Bibiana e Belonísia.

Trecho: “Itamar Vieira Junior é um romancista que parece acreditar piamente que sua literatura deve tomar partido, deve ser socialmente engajada – e em nenhum momento parece ter pudores de falar disso desabridamente. Em certos momentos, o tom de homilia se deixa sentir como uma mão pesada que chega a incomodar (como deixou clara a polêmica do autor com a jornalista Fabiana Moraes).”

Leia a resenha completa aqui.

2. Uma crítica

Na sua crítica sobre “Torto Arado”, o pesquisador Benedito Costa analisa vários aspectos do romance, inclusive o seu papel em discutir a negritude, trazendo para o centro da discussão o negro e suas vivências, culturas, línguas, linguagens, filosofia e religião.

Trecho: “Grande parte da crítica se interessou pelo fato de o livro ter vendido bem. Isso é de se festejar mesmo, num país que consome muitos livros, mas pouca literatura. Os mesmos críticos também elogiaram o conteúdo do livro (alguns se esquecendo de que outras obras já haviam discutido tal conteúdo, o que não quer dizer que a problemática abarcada por Itamar Vieira Junior seja esgotável; muito pelo contrário), as personagens negras, o passado escravista, o mundo rural. Precisamos de obras que tratem desses assuntos, de fato, cada vez mais.”

Leia a resenha completa aqui.

3. Um depoimento

Nesse texto, a escritora Bia Moraes constrói um relato íntimo sobre a experiência de ler “Doramar ou a Odisseia”, o livro de contos (ou “histórias”, como prefere a editora) que Itamar Vieira Junior publicou depois do sucesso de “Torto Arado”. Para Bia Moraes, conhecer o Brasil que aparece nos textos de Vieira Junior é algo doloroso, mas necessário.

Trecho: “Comprei [o livro “Doramar ou a Odisseia”], e demorei para ler. Na verdade, ainda estou lendo. Relendo. Virou livro de cabeceira. Daquelas obras a que você recorre sempre que precisa mergulhar numa leitura BOA. Não pertence mais a lugar algum: a síntese do povo afro-brasileiro. Uma leitura que te leve para o teu próprio país. Um país que gente como eu – urbana, do Sul, branca – não conhece.”

Leia a íntegra do texto aqui.

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