Aqui estão 12 apostas do Plural nas mostras paralelas do Festival de Curitiba

Confira uma lista de espetáculos que valem seu tempo no Circuito Espaço Aberto e no Festival na Rua

As mostras Festival na Rua e Circuito Aberto apresentam mais de 120 eventos ao longo do Festival de Curitiba. As sessões acontecem em diferentes pontos da cidade e também na Região Metropolitana. E ainda melhor: a maioria tem ingressos gratuitos ou preços mais acessíveis. 

Com tantas opções, não é tarefa fácil escolher o que ver. Mesmo quem está disposto a “maratonar” as peças não consegue ver tudo em tão pouco tempo, numa programação vai de 28 de março a 9 de abril. Para facilitar a vida de quem deseja ver de perto atrações que cabem no bolso e impressionam no palco, o Plural selecionou uma dúzia de apostas.

1. “Roberta, uma ópera rock” (a grande aposta)

Na Praça Santos Andrade, dias 1º, 2 e 3 de abril, às 19h30. No Centro Cultural Boqueirão (Rua José Guercheski, 281), dias 6, 7, 8 e 9 de abril, às 20h. Musical.

O espetáculo abre a programação do Festival na Rua, com Nena Inoue, vencedora do Prêmio Shell, na direção artística ao lado de Maurício Vogue. A composição e direção musical é do maestro Alessandro Sangiorgi e o elenco traz como atores convidados Marwem Hd e Ranieri Gonzalez. A banda “Eles Mesmos” interpreta as músicas ao vivo.

O texto original chamava-se “Patrícia, uma ópera rock” e foi escrito por Roberto Innocente – diretor, dramaturgo, ator e produtor italiano radicado em Curitiba, que morreu de covid-19. Inoue só aceitou o convite para a direção por se tratar de uma homenagem ao artista. Esse foi também foi o motivo da mudança no título da peça. 

O enredo se passa nos anos 1980 e coloca em cena os dilemas dos jovens. Une a ópera ao rock and roll em uma tragédia contemporânea que fala sobre desencanto, drogas e amor. 

“Roberta, uma ópera rock”. (Foto: Roberto Reitenbach/Divulgação)

2. “Aracy – A voz de Noel” (aposta no talento)

Na Casa do Damaceno (Rua Treze de Maio, 991 – São Francisco). Dia 3 de abril, às 16h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Musical.

Uma chance para ver a multiplicidade de talentos da atriz Rosana Stavis e do diretor Marcos Damaceno, ganhador do Prêmio Shell. Além de “A aforista” (pré-estreia na Mostra Lúcia Camargo), a dupla apresenta no Festival de Curitiba “Aracy – A voz de Noel”.

Stavis estrela o espetáculo e divide o palco com o ator Léo Campos, enquanto são encenados e cantados momentos marcantes e interpretações memoráveis da primeira grande cantora de samba do Brasil. 

Rosana Stavis interpreta canções e momentos da vida de Aracy de Almeida. (Foto: Maringas Maciel/Divulgação)

3. “Eu não sou cachorro” (aposta bem-humorada)

Nas Ruínas de São Francisco, dia 2 de abril, às 20h, e dia 3 de abril, às 12h. Comédia.

O Grupo Cambutadefedapada apresenta um espetáculo ácido que busca refletir sobre a condição humana sem abrir mão do bom humor. Com texto de Fernando Bonassi, a companhia continua levando ao palco questões do homem diante do estado e da natureza.

Em cena está o ator Moa Leal, com direção de Gabriel Gorosito. 

Moa Leal, em “Eu não sou cachorro”. (Foto: Divulgação)

4. “Fronteira” (aposta cabeça)

Teatro Novelas Curitibanas (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco). Dias 1º, 2 e 3 de abril, às 20h. Drama.

Solo com Carolina Meinerz, a mesma que dirigiu e atuou em “Salomé by Fausto Fawcett”, agora sob direção de Laura Haddad.

O espetáculo é baseado na obra de Matéi Visniec e foi indicado ao Troféu Gralha Azul em seis categorias. Com desfechos inusitados, fala sobre o sentido da vida, o valor das coisas e das pessoas, e a tensão entre os indivíduos. 

Carolina Meinerz, em “Fronteira”. (Foto: Divulgação)

5. “A casa do terror” (aposta no riso)

Teatro Lala Schneider (Rua Treze de Maio, 629 – São Francisco). Dias 1º, 2, 8 e 9 de abril, às 23h59. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Comédia.

Uma das comédias de maior sucesso no teatro curitibano – talvez a mais bem-sucedida de todas – tem texto e direção de João Luiz Fiani, que também atua na peça. A trama se passa em uma casa misteriosa enquanto os moradores tentam encontrar uma virgem para sacrificar ao Mestre das Trevas. Sustos e muito humor tomam conta da casa e, com sorte, divertem a plateia.

Cena de “A casa do terror”. (Foto: Divulgação)

6. “Terra de cego” (aposta em novos talentos)

Boca Maldita (Avenida Luiz Xavier, s/nº). Dia 7 de abril, às 18h30. Na Praça da Bíblia (Rua Nossa Senhora dos Remédios – Fazenda Velha, em Araucária), dia 8 de abril, às 19h. Drama.

Montagem do grupo Modulado de Pesquisa Teatral que ganhou o Festival de Teatro de Colombo em 2019. A peça se passa em uma ilha habitada por cegos. Eles não têm consciência sobre sua condição. A chegada de um náufrago ao lugar mostra que nem sempre “quem tem um olho” é rei. 

“Terra de cego”. (Foto: Divulgação)

7. “Fome” (aposta no diferente)

Praça Santos Andrade, dia 6 de abril, às 16h30 e 19h30. Comédia dramática.

Texto de Franz Kafka adaptado para uma jam session cênica (formato que envolve improviso e música), que levanta questões da vida e da arte. A dramaturgia e a direção são de Carolina Meinerz. A atuação, de Maurício Vogue. A música, de Jeff Sabbag.

Maurício Vogue e Jeff Sabbag, em “Fome”. (Foto: Divulgação)

8. “Aqui é minha casa” (aposta no experimental)

Praça Santos Andrade, dias 7, 8 e 9 de abril, às 19h30. Drama musical.

Espetáculo tem dramaturgia de Luiz Felipe Leprevost, direção de Eduardo Ramos e Ciliane Vendruscolo no elenco. O texto fala sobre a ruína do corpo e do planeta ao propor a busca da conexão entre os seres vivos. 

Ciliane Vendruscolo, em “Aqui é minha casa”. (Foto: Divulgação)

9. “A bala alojada na arte” (aposta na inclusão)

No Largo da Ordem, dia 2 de abril, às 10h. Na Boca Maldita, dia 3 de abril, às 13h. Espetáculo-poesia.

A Trupe Periferia, dirigida por Kenni Rogers, faz da realidade dos integrantes a inspiração para a arte. Os jovens artistas declamam poesias autorais sobre infância, horrores, dramas urbanos, violência, abandono e esperança.  

Trupe Periferia, em “A bala alojada na arte”. (Foto: Divulgação)

10. “Hi, Breasil!” (aposta na atualidade)

Na Boca Maldita, dia 2 de abril, às 17h. Nas escadarias da Praça Santos Andrade, dia 3 de abril, às 14h30. No Parque Barigui, dia 9 de abril, às 18h. Drama.

Espetáculo do Grupo Olho Rasteiro, premiado pelo Troféu Gralha Azul, que mistura o real e a ficção, o presente e o passado, e questiona os discursos autoritários. 

Cena da peça “Hi, Breasil!”, que questiona os discursos autoritários. (Foto: Divulgação)

11. “Acarajé Dada” (aposta provocadora)

Nas Ruínas de São Francisco, dias 7 e 8 de abril, às 20h. Cabaré.

O cabaré ganha as ruas em uma apresentação que reúne números que marcam a trajetória da Companhia Selvática. A criação é de Stéfano Belo e Ricardo Nolasco, e mostra ao público uma trupe de vedetes debochadas em meio à pandemia. 

Selvática estreia “Acarajé Dada”, no Festival de Curitiba. (Foto: Divulgação)

12. “Trava bruta” (aposta trans)

Miniauditório do Teatro Guaíra, dias 5 e 6 de abril, às 19h30. Solo.

Leonarda Glück, radicada em São Paulo, volta a Curitiba com o espetáculo que marca seus 25 anos de carreira. A peça aborda a transexualidade na realidade brasileira em uma espécie de manifesto que coloca as vivências da artista no contexto político e social brasileiro.

Leonarda Glück, em “Trava bruta”. (Foto: Alessandra Haro)

Festival de Curitiba

Para conferir a programação completa e comprar ingressos on-line, acesse o site oficial do evento (aqui). Também é possível comprar ingressos na bilheteria do Festival de Curitiba, no piso L3 do Shopping Mueller. A programação tem ainda vários espetáculos gratuitos e outros em que você paga o que puder ou quiser.

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