Nada acontece durante os “Meus dias com os Kopp”, de Xita Rubert

Escritora barcelonesa tem um estilo de narrar que torna difícil entender – de propósito – o que se passa no livro publicado pela DBA

Você lê o romance “Meus dias com os Kopp”, de Xita Rubert, mas tem dificuldade para entender o que se passa. Com o passar das páginas, vai ficando claro que essa dificuldade não é acidental. Ela é meio que a intenção da autora. 

Na história, uma jovem chamada Virginia, de 17 anos, viaja com os pais para ficar uns dias na casa de amigos – são os Kopp do título. A família anfitriã é inglesa, aristocrática, e parece levar a vida dentro de uma bolha de privilégio (ou de presunção). 

“Meus dias com os Kopp”

Os Kopp têm um filho chamado Bertrand, um sujeito esquisito que ocupa uma quantidade significativa do texto com um incidente bizarro, em que fica prensado entre dois carros. 

Um pouco pelo temperamento dos Kopp e pela timidez de Virginia, mas principalmente por causa do estilo da barcelonesa  Xita Rubert, “Meus dias com os Kopp” passa a impressão de que nada acontece, de que a narrativa se arrasta e de que o livro se ocupa de uma série de não acontecimentos. Que parecem gratuitos e não levam a história para lugar nenhum.

Livro

“Meus dias com os Kopp”, de Xita Rubert. Tradução de Elisa Menezes. DBA, 128 páginas, R$ 54,90. Romance.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima