Guia do Festival de Curitiba: quem faz o teatro curitibano indica o que assistir

Confira um roteiro de 12 peças em cartaz nos últimos dias do festival escolhidas por quem mais entende do assunto, os artistas de Curitiba

O Festival de Curitiba entrou na segunda semana de programação bombando, a agenda continua intensa e sobram opções para assistir. A grande dica para esta fase é prestar atenção na Mostra Fringe, com espetáculos e peças para todos os gostos e bolsos, além de muitas produções locais que brigam de igual para igual com tudo o que vem de fora. Preferir o Fringe agora não é nenhuma injustiça, até porque as atrações da Mostra Lúcia Camargo estão com ingressos quase esgotados (ainda dá para garantir alguma coisa). 

Para facilitar a missão de quem está a fim de ter ótimos momentos e ainda valorizar a arte curitibana, o Plural montou uma lista especial. As escolhas foram feitas por quem mais entende do assunto, ou seja, por quem se dedica durante o ano inteiro (dá para dizer até durante a vida inteira) ao teatro de nossa cidade e entrou com algum trabalho em cartaz no Festival. Não dava para falar com todo mundo, então rolou um sorteio e também não foi permitido fazer autoindicação. Confira o guia a seguir e prepare os aplausos. 

1 – A mais indicada: “Pela Hora da Morte”

Comédia, Antropofocus 

O espetáculo bagunçou a regra que a gente imaginou para montar este guia. É que a maioridade dos entrevistados indicaram a peça como sua primeira escolha para o público (então a gente nem vai citar os nomes aqui). Bom, assim você já sabe porque “Pela hora da morte” está no topo da lista. 

A montagem é uma das mais concorridas nos 24 anos do grupo Antropofocus reconhecido pelo público e pelos profissionais da área por sua pesquisa sólida em comédia, mas olha, tem um motivo que foi unanimidade para a colocação neste guia: o trabalho de Anne Celli. Ela é uma mulher que já tem uma carreira e tanto, é uma atriz de respeito, e ganhou o prêmio Troféu Gralha Azul 2023 na categoria Direção com esse espetáculo. Foi a primeira vez dela dirigindo uma montagem do grupo e a artista também está no elenco. 

Com o humor ácido que se tornou a identidade do grupo, a montagem é uma sátira aos atendimentos de saúde. A ideia surgiu da indignação com os escândalos da operadora de saúde Prevent Senior, e o enredo conta a história das desventuras de uma paciente ao descobrir que seu plano de saúde não dá direito a quase nada. 

“Pela Hora da Morte”, em cartaz no Fringe

Dias 2 e 3/04. Horários: dia 2/04, terça-feira, às 20h30; dia 3/04, quarta-feira, 18h30. Teatro Fernanda Montenegro (Shopping Novo, R. Cel. Dulcídio, 517 – Batel). Ingressos: a partir de R$ 30 (meia-entrada). Duração: 1h15.

Leia mais: Anne Celli fala do teatro em sua vida e como foi estrear na direção de uma peça do Antropofocus

Anne Celli, diretora de “Pela Hora da Morte”, indica: 

2 – “Aqui – Amanhã é outra imagem”

Teatro contemporâneo – Mostra Súbita Companhia, Fringe

Na verdade, a Anne tentou indicar a mostra inteira da Companhia Súbita, pela importância do repertório do grupo, “um coletivo que está há 17 anos na cidade, com espetáculos que têm uma concepção imagética da cena, num jogo de corpo-imagem”. Como não dá para mudar a regra do jogo a toda hora, ela escolheu a peça “Aqui – Amanhã é outra imagem”.

O espetáculo estreou em 2022 e com ingressos esgotados ao longo de toda a temporada. Agora, volta em cartaz durante o festival e depois, ainda em 2024, segue para circulação em outros dois estados brasileiros (não deram spoiler sobre quais os locais certinhos). 

“Aqui – Amanhã é outra imagem” coloca em cena cinco artistas que estão no mesmo espaço, enquanto compartilham também o mesmo tempo e as inquietações de quem cria uma obra de arte. De repente, um buraco no teto se abre, invadindo a cena e o pó que cai lá de cima já cobre seus corpos. O que fazer? A montagem traz para cena questionamentos sobre a insistência em seguir fazendo arte, algo que para cada uma das personagens é diferente, e fala sobre o que se inicia e se finda ao começar de novo e de novo.

“Aqui – Amanhã é outra imagem” , em cartaz na Mostra Súbita Companhia, no Fringe

Dias 4 e 5/04, quinta e sexta-feira, às 15h, no Teatro Novelas Curitibanas – Claudete Pereira Jorge (R. Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco). Ingressos: a partir de R$ 15 (meia-entrada).

Maíra Lour, diretora artística de “Aqui – Amanhã é outra imagem”, indica: 

3 – “Três Luzes”

Autoficção – Mostra Lúcia Camargo

O encanto de Maíra Lour pelo “Três Luzes” é motivado por se tratar de um solo de autoficção escrito por Aristeu Araújo e Cássia Damasceno, atriz que estrela a montagem no palco, e também porque a montagem é o resultado de um processo artístico aberto ao público em alguns momentos, como em uma leitura durante durante a “Curitiba Mostra”, projeto capitaneado pela atriz e agitadora cultural Nena Inoue, que fez parte do Fringe do Festival de Curitiba de 2023 (levar ao palco processos tem tudo a ver com identidade da Súbita, companhia dirigida por Máira).  

E só a Cássia também já seria argumento de sobra para assistir ao espetáculo, a atriz tem uma lista respeitável de prêmios no currículo e faz parte da Companhia Brasileira de Teatro, fundada em Curitiba pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu, que é um grupo de destaque no cenário nacional. O solo é a primeira direção para teatro da carreira do cineasta Araújo.

“Três Luzes” mostra um blecaute como disparo para uma série de recordações e narrativas de uma mulher presa entre seus medos e sonhos, que se sobrepõem a pequenos ensaios sobre presente e passado. É uma peça de ficção criada acerca da vida real de uma atriz, de um pai e de uma mãe.

“Três Luzes”, em cartaz na Mostra Lucia Camargo 

Dia 6 de abril, sábado, às 20h30, e dia 7 de abril, domingo, às 19h00, no Teatro Zé Maria (Treze de Maio, 655, Centro). Ingressos: a partir de R$ 42,50 (meia-entrada). Classificação: Livre. Duração: 60 min

Nadja Naira, iluminadora de “Três Luzes”, indica:

4 – “O Arquipélago”

Solo de teatro contemporâneo – Mostra Súbita Companhia, no Fringe  

Nadja Naira é uma tremenda criadora de luz para teatro e muito mais, também é atriz, diretora e integrante da Companhia Brasileira de Teatro, ou seja, dá para seguir sem medo uma indicação dela quando você está no escuro. Ela escolheu “O Arquipélago”, da Súbita Companhia, pela admiração que tem pela pesquisa estética do grupo e pela linguagem muito potente da peça. 

No palco, Pablito Kucarz encena um personagem que compartilha cicatrizes do corpo e da alma, algumas frutos da violência e do preconceito de desconhecidos e da própria família. A direção é de Maíra Lour e a dramaturgia é assinada por Kucarz.

O enredo de “O Arquipélago” fala sobre ilhas que devem viver coletivamente, porém em relações nem sempre são harmoniosas, em paralelo é contada a história de uma mulher que saiu de casa muito jovens para trabalhar como doméstica na cidade grande. 

“O Arquipélago”, em cartaz na Mostra Súbita Companhia, no Fringe

Dia 6/04, sábado, às 18h; dia 7/04, domingo, 16h, no Teatro Novelas Curitibanas – Claudete Pereira Jorge (R. Presidente Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco). Ingressos: a partir de R$ 15 (meia-entrada). Classificação Indicativa: 14 anos. Duração: 40 minutos.

Guenia Lemos, cenógrafa de “O Arquipélago” e atriz de “Os Analfabetos”, indica:

5 – “O Fantasma de Friedrich – Uma ópera punk”

Tragicomédia musical da companhia Bife Seco – Mostra Lúcia Camargo

A cenógrafa, atriz, e cineasta Guenia Lemos, selecionou “O Fantasma de Friedrich” por admirar muito a linguagem da Bife Seco, grupo que ganhou destaque na cena teatral pela qualidade com pegada jovem/contemporânea desde a montagem de “Terrível Incrível Aventura” e hoje também produz audiovisuais e podcasts. “Casam o humor lindamente com todo o resto que vem junto”, diz. E ainda tem mais, outro ponto alto segundo ela é poder conferir o trabalho do maestro e compositor Enzo Veiga, mestre em teatro musical pela New York University, com produções feitas na Off-Broadway em Nova Iorque. Ele é o grande parceiro de criação desta obra, e “um compositor para ficar de olho de tão talentoso e jovem que é.”

O musical “O Fantasma de Friedrich!” é bem-humorado e mistura de ópera, pop e punk. No enredo, uma jovem com problemas mentais descobre um livro estranho capaz de libertar o espírito (meio rabugento) do filósofo Friedrich Nietzsche. A obra tem 18 músicas originais.

“O Fantasma de Friedrich – Uma ópera punk”, em cartaz na Mostra Lúcia Camargo

Dia 02/04, terça-feira, às 20h30, e dia 3/04, quarta-feira às 16h30 e 20h30, no Guairinha (Rua XV de Novembro, 971). Ingressos: a partir de R$ 42,50 (meia-entrada).

Leia mais: Peça “Os analfabetos” encara a plateia com um sorriso sarcástico

Adriano Petermann, diretor de “Os Analfabetos” e “As Santas”, indica:

6 – “Mutações”

Drama, estrelado por Luís Melo – Mostra Lúcia Camargo

“Mutações” recebeu indicações aos Prêmios Shell e APCA. Contudo, o motivo que fez Petermann selecionar essa peça como imperdível para o público é a presença de Luís Melo no palco, um verdadeiro mestre. “Ele foi o principal ator de Antunes Filho [Centro de Pesquisa Teatral – CPT], maior diretor de teatro que a gente já teve no Brasil, e o primeiro ator do Grupo Macunaíma durante mais de dez anos. O Melo é sensacional.”

A montagem é uma investigação sensível do caos contemporâneo a partir de múltiplas linguagens, como teatro, cinema, música e artes plásticas, e foi livremente inspirada nas simbologias do “I Ching”. Em cena, na peça “Mutações” estão três personagens (o Ancião, o Jovem e Ela) que estabelecem um jogo constante de transformação, em que nada parece ser o que aparenta.

“Mutações”, em cartaz na Mostra Lúcia Camargo 

Dia 5/04, sexta-feira, às 20h30, e dia 6/04, sábado, às 17h30 e 20h30, no Guairinha (Rua XV de Novembro, 971). Ingressos: a partir de R$ 42,50 (meia-entrada).

Guta Stresser, atriz de “Os Analfabetos”, indica:

7 – “Cidades Mortas”

Drama – Mostra À Curitibana, no Fringe  

Tem sido um deleite para o público curitibano voltar a encontrar Guta Stresser nos teatros da cidade, ela está em cartaz durante o festival na peça “Os Analfabetos”, da mostra À Curitibana (Fringe). Foi dessa mesma mostra que saiu a indicação feita pela atriz e diretora para entrar neste guia: a peça “Cidades Mortas”, que tem direção, dramaturgia e atuação de Mauro Zanatta, ao lado de Stella Mariss no palco. 

A primeira justificativa de Guta para a escolha é o talento notório de Zanatta, um grande mestre do teatro, e como se não bastasse “o texto também foi escrito pelo próprio Mauro, com um tema muito relevante neste momento, em que o mundo e as cidades agonizam pelo nosso egoísmo!”

“Cidades Mortas” surge a partir das leituras e releituras que Zanatta fez do conto “Um Homem Honesto”, de Monteiro Lobato, e da inspiração vinda de um jogo de relações que há no texto entre a honestidade e a corrupção. João, honesto, esbarra numa maleta de dinheiro. Ele devolve a maleta e tudo poderia correr bem, mas a vida vira um Inferno. O conflito do espetáculo é um embate entre opostos que permite diferentes leituras das personagens.

“Cidades Mortas”, em cartaz na Mostra À Curitibana, no Fringe

Dias 4 e 6/04, quinta-feira e sábado, às 19h, e nos dias 5 e 7/04, sexta-feira e domingo, às 17h, no Miniguaíra (Miniauditório Teatro Guaíra – Glauco Flores de Sá Brito, Rua Amintas de Barro, 70 – Centro). Os ingressos custam a partir de R$ 25,00 (meia-entrada). A classificação etária é de 14 anos de idade.

Mauro Zanatta, diretor e ator de “Cidades Mortas”, indica:

8 – “Derretendo Satélites”

Autoficção – mostra Fexo de Teatro Egresso da Unespar, no Fringe

Não tem como pensar o teatro de Curitiba hoje sem Mauro Zanatta, diretor, ator e professor talentosíssimo e generoso. Ele escolheu para os leitores o trabalho de uma jovem que dá os primeiros passos no mundo das artes cênicas, é o espetáculo “Derretendo Satélites”. A montagem é dirigida por Manuella Prestes, que também assina a dramaturgia (em parceria com Sabrina Ribeiro e Luck Alves, dupla em cena na peça teatral).

“Ela é uma artista maravilhosa, gosto muito, é uma grande promessa na cidade”, diz o diretor ao contar que existe também uma história de afeto envolvida. “Eu tenho um carinho muito grande por ela, porque é filha de uma pessoa que começou a fazer teatro comigo no início da minha escola [Espaço Excêntrico] há 30 anos, quando a Manu não tinha nem nascido.”

A peça “Derretendo Satélites” é descrita pelo grupo como um grito, parecido com o que o personagem Dwayne solta em “Pequena Miss Sunshine” após ficar 243 dias em silêncio para depois descobrir que é daltônico e não poderá ser piloto de avião. Ou seja, é inspirada na reação desesperada de alguém que nunca poderá realizar seu único sonho. 

“Derretendo Satélites”, em cartaz na mostra Fexo, no Fringe

Dias 3 e 4/04, quarta e quinta-feira , às 19h, no Telab (Rua dos Funcionários, 1756, Cabral). Ingressos gratuitos.

Ricardo Nolasco, artista do Coletivo Selvática que dirige “MishMash” neste ano, indica:

9 – “Todo Dia o Mundo Acaba, Só Você Não Percebe”

Teatro de Rua, mostra Fexo de Teatro Egresso da Unespar, no Fringe

Pensar fora da caixa e sair do que o senso comum costuma taxar de tradicional é com o Ricardo Nolasco, quando as artes cênicas rumam para esse lado na cidade seu nome é referência em atuação, direção e também pesquisa. Com o olhar apurado para as performances que ocupam locais urbanos públicos, ele selecionou uma peça de rua para incluir neste guia: “Todo Dia o Mundo Acaba, Só Você Não Percebe”. 

Nolasco também baseia sua escolha no fato de que a equipe do espetáculo está saindo da faculdade agora. “É um grupo que se formou na universidade e que está preparadíssimo para estar na rua”, diz e em seguida complementa a explicação: “Não é um espetáculo formal de rua, mas um percurso que vai conduzir a galera por diversas sensações na Praça Santos Andrade enquanto aborda a espetacularidade do cotidiano, com temáticas políticas e raciais.”

A sinopse de “Todo Dia o Mundo Acaba, Só Você Não Percebe” fala de dois trabalhadores no meio de uma praça, às 18h da tarde, e sobre o ações eles podem fazer por ali: Cantar uma canção? Voltar do trabalho? Parar para descansar? Correr atrás de algo que perderam? É uma proposta que busca alguém ou algo que faça sentido, enquanto, no meio da rua, o tédio revela um inesperado ser, uma forma de vida.

“Todo Dia o Mundo Acaba, Só Você Não Percebe”, em cartaz na mostra Fexo, no Fringe

Dias 3 e 4/04, quarta e quinta-feira , às 18h, na Praça Santos Andrade, Centro. Espetáculo de rua gratuito.

Leia mais: Com sangue e humor jorrando no palco, é tudo verdade e tudo mentira na volta de Biscaia ao teatro

Paulo Biscaia Filho, diretor e dramaturgo de “A Farsa do Olho Traído”, indica:

10 – “Deslady”

Dramédia da Cia dos Palhaços – Mostra Espaço Fantástico das Artes, no Fringe

Paulo Biscaia Filho fez as pazes com o teatro nesta edição do festival e trouxe novamente para os palcos a Vigor Mortis, aproveitando o ensejo ele indicou para o público a peça “Deslady”. A montagem é uma dramédia (mais ou menos uma tragicomédia sob o olhar da palhaçaria), estrelada por Nathalia Luiz da Cia dos Palhaços. Para Biscaia Filho, a companhia é uma das mais criativas, sólidas e provocadoras de Curitiba ao usar “Shakespeare como trampolim para novos experimentos”.   

O enredo de “Deslady” é livremente inspirado na peça “Macbeth”. Na trama, a palhaça Tinoca é apaixonada por dramas e resolve fazer uma montagem sozinha da peça de William Shakespeare, mas ela só conhece a personagem feminina Lady Macbeth, companheira do protagonista sanguinário. Durante o percurso da montagem, a palhaça se depara com inúmeras dificuldades e sempre tenta manter o equilíbrio, até que se deixa dominar pelo poder da Lady e fica à beira da loucura. Para se reerguer, recorre à força feminina e ao seu próprio poder.

“Deslady”, em cartaz na Mostra Espaço Fantástico das Artes, no Fringe

Dias 4 a 7/04, quinta-feira a domingo, às 20h, no Espaço Fantástico das Artes (Rua Trajano Reis, 41 – São Francisco). Ingressos: pague o quanto vale.

Wagner Corrêa, iluminador de “A Farsa do Olho Traído”, indica:

11 – “Sonho de Uma Noite de Verão”

Teatro na Tenda, da Ave Lola – Fringe

O iluminador e também ator Wagner Corrêa se encantou com uma ideia e resolveu indicar para o público. A escolha dele é uma montagem da trupe Ave Lola, a companhia tem uma trajetória de trabalho reconhecido com grandes realizações, e agora estreia uma temporada muito especial com o espetáculo “Sonho de Uma Noite de Verão”.

A história é a seguinte, sempre com a direção de Ana Rosa Genari Tezza, a trupe já completou mais de dez anos de estrada. Então, após cinco anos de “namoro” e preparo, finalmente o grupo leva ao palco o seu primeiro Shakespeare, a comédia “Sonho de Uma Noite de Verão” (na tradução de Bárbara Heliodora). As apresentações por si só já são um evento e tanto, tudo acontece em uma tenda de 150m2, no centro da cidade (a ideia nasceu na pandemia, para respeitar os protocolos sanitários da época, e foi selecionada para a Quadrienal de Praga, com apresentação em vídeo). A peça também tem música ao vivo. Ah, é pague o quanto vale e as sessões estão lotando, é melhor chegar cedo para garantir o seu lugar. 

“Sonho de Uma Noite de Verão”, em cartaz no Fringe

Até dia 7 de abril na programação do festival. Depois o espetáculo segue em temporada da companhia até dia 21 de abril. Horários: 3 de abril às 14h, 4 e 5 de abril às 19h, 6 de abril às 10h, 7 de abril às 19h, 10 a 14 de abril às 19h30, 17 a 21 de abril às 19h30. No Teatro na Tenda (Rua Marechal Deodoro, 1227 – Centro). Ingressos: Pague O Quanto Vale (distribuídos por ordem de chegada ao teatro). Classificação Indicativa: 12 anos. Duração: 2h.

Sessão com audiodescrição e libras: 14/03.

Ana Rosa Tezza, diretora de “Sonho de Noite de Verão”, indica: 

12 – “Algum Lugar”

Espetáculo para adolescentes e adultos do Grupo Obragem

A fundadora e diretora da Ave Lola tem um olhar minucioso para o teatro, por isso escolheu a peça de uma companhia sólida na cidade com um trabalho de pesquisa superimportante: “Algum Lugar” da Obragem. Segundo Ana Rosa a peça está linda, vale a pena conferir, e tem algo ainda mais especial é de uma diretora mulher, com uma carreira respeitável em Curitiba, a Olga Nenevê. 

“Algum Lugar” é uma peça de teatro para público a partir de 12 anos, inspirada numa lenda, que fala sobre a origem do beija-flor e de como os corações humanos podem endurecer até se transformarem em pedra.

A partir de um mito do povo Maia, a narrativa do espetáculo discute temas associados com acontecimentos atuais, como as guerras; refugiados; tráfico de animais; maltrato de menores; e a esperança de um mundo melhor. As sessões também contam com música ao vivo.

“Algum Lugar”, Grupo Obragem

Até 07/04 – sextas-feiras, às 19h, sábados e domingos, às 16h, no Espaço Obragem – criação e compartilhamento artístico (Alameda Júlia da Costa, 204 – São Francisco). Ingresso: 1 quilograma de alimento não perecível e sem origem animal, reservas diretamente com a companhia. 

32º Festival de Curitiba

Até domingo, 7 de abril. Ingressos com diferentes preços inclusive para as sessões extras, à venda no site oficial do evento e na bilheteria física exclusiva no ParkShoppingBarigüi – piso térreo – (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Ecoville), de segunda a sábado, das 10h às 21h, e, domingos e feriados, das 12h às 20h.

A programação tem opções de atrações gratuitas. Verifique a classificação indicativa e orientações de cada espetáculo.

Outras informações sobre a programação podem ser consultadas no site do Festival de Curitiba (www.festivaldecuritiba.com.br), ou pelas redes sociais: no Facebook, @fest.curitiba; no Instagram, @festivaldecuritiba; e no Twitter, @Fest_curitiba.

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