Familiares de Roberto Carlos Valendorff Junior, 27, fizeram um protesto em frente à sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba, nesta terça-feira (02). Roberto morreu em 19 de março durante uma ação da Polícia Militar (PM) no Parque Tingui.
Roberto e Wladimir Carvalho estavam em um veículo Gol que foi abordado por uma equipe policial sob suspeita de envolvimento em um assalto. As mortes aconteceram no fim da noite porque, segundo a PM, a dupla estava armada e não obedeceu à voz de abordagem.
Contudo, as famílias contestam essa versão. No caso de Roberto, que já tinha cumprido pena por roubo, o último contato com conhecidos foi às 15h20 do dia do óbito. A entrada do corpo no Instituto Médico-Legal (IML), todavia, só ocorreu às 23h30, conforme consta na certidão de óbito.
A família acredita que a abordagem ocorreu antes do horário que foi dito pelos policiais militares.
Protesto
Durante a ação da PM nenhum policial ficou ferido e segundo o boletim de ocorrência foram aprendidas duas armas, além de 1,5 quilo de maconha.
Leia também: Mulheres encarceradas e a recusa ao óbvio
Segundo a família de Roberto, enquanto cumpriu pena ele aprendeu a cortar cabelo e estava trabalhando como barbeiro.
Na segunda-feira (02) com cartazes e faixas familiares estiveram no Gaeco para pedir celeridade nas investigações, incluindo dois meninos – filhos de Roberto e a companheira.
O Gaeco está investigando o caso e deve ouvir testemunhas para apurar os detalhes das mortes.