Centro Ásia cria editora para publicar textos inéditos e traduções

Editora aumenta alcance de textos originais sobre temas como história e filosofia da Ásia, além de traduzir obras do japonês, do mandarim e do coreano

Além de ser uma referência em Curitiba para quem quer aprender japonês, mandarim e coreano, o Centro Ásia é conhecido pelos cursos que oferece sobre temas como arte e história, literatura e filosofia, sempre ligados ao território asiático. Esses cursos estão na origem da Editora Centro Ásia, que inaugura seu catálogo com o lançamento de “Budismo e Xintoísmo na cultura religiosa japonesa: sincretismos, migrações, ressignificações”, de Richard Gonçalves André, professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina e coordenador do Laboratório de Pesquisas sobre Culturas Orientais. O livro está em pré-venda no site da editora (aqui) com vantagens que incluem bate-papo com o autor e frete grátis.

Em entrevista ao Plural, Lina Saheki, uma das fundadoras do Centro Ásia (tanto da escola como da editora), explica que a criação da editora tem tudo a ver com a escola. Porque os cursos, com frequência, rendiam e-books sobre os temas abordados em sala de aula. Nas palavras de Saheki, tratava-se de um conteúdo “de altíssima qualidade, com linguagem acessível e temáticas raras no mercado editorial brasileiro”.

Editora Centro Ásia

Com a Editora Centro Ásia, surgiu a oportunidade de ampliar o público desses livros. “O que nos motiva é poder oferecer materiais inéditos ou traduções de obras do japonês, mandarim e coreano que consigam mostrar que existem formas diferentes de ver o mundo”, diz Saheki. “Desde o início, o nosso objetivo é lançar algumas luzes nessa grande área que é a cultura do Japão, da China e da Coreia. Mais do que isso, tentar traçar pontos de diálogo intercultural ou, simplesmente, mostrar formas diferentes de ver o mundo, saindo um pouco da visão eurocêntrica a que estamos tão habituados.”

Além das obras inspiradas nos cursos, a Editora Centro Ásia deve dar espaço para obras japonesas que já estão em domínio público. São livros, nas palavras de Saheki, “que não parecem ser muito interessantes para as grandes editoras, como alguns contos, ensaios acadêmicos e palestras de autores como Natsume Soseki e Kenji Miyazawa”. Ela adianta que um pequeno e-book de um conto de Kenji Miyazawa deve ser lançado pela editora nos próximos meses.

Outra novidade programada para os próximos meses é um livro de Rodrigo Wolff Apolloni – um estudo que o autor está fazendo dentro de um pós-doutorado em História, sobre elementos religiosos e políticos no contexto da tradição marcial chinesa no Brasil. Ao lado de Lina Saheki, Apolloni é o outro fundador da Editora Centro Ásia e os dois contam com o apoio de um conselho editorial formado por uma dezena de pesquisadores e estudiosos.

E esse parece ser só o começo. “Toda a Ásia nos interessa”, diz Saheki, “assim como a África Oriental, a Índia, o Paquistão, e suas relações com o nosso país e a nossa cultura.”

Livro

“Budismo e Xintoísmo na cultura religiosa japonesa: sincretismos, migrações, ressignificações”, de Richard Gonçalves André. Editora Centro Ásia, 224 páginas, R$ 65.

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