Novo restaurante nas Mercês mistura comida, arte e cultura numa casa com quintal

Comandado pelo chef Felipe Petri, Petrisserie inaugura no dia 11 com almoço executivo, cafés e happy hour

Uma antiga casa com quintal nas Mercês, em Curitiba, promete ser um novo espaço onde boa comida, cultura e música se misturam e complementam.

O Petrisserie – Cultura e Gastronomia nasce com a proposta de ser restaurante, café e espaço cultural. A abertura ao público será na próxima quarta-feira (11) com um cardápio que vai do almoço ao happy hour.

A casa é comandada pelo chef e colunista de gastronomia do Plural, Felipe Petri. Engenheiro de formação, Petri trocou Rio de Janeiro pela capital paranaense em 2015 e, em seguida, deu uma guinada na carreira: largou a profissão, fez curso de cozinheiro no Senac-PR, e em 2019 abriu a primeira versão do Petrisserie no formato dark kitchen.

Menu de almoço tem pratos executivos como frango com arroz e legumes. Foto: Divulgação.

A “cozinha fantasma” funcionou até o final do ano passado com entrega de pratos no formato de almoço executivo. Agora, após mais de dois anos de experiência, o Petrisserie deu um passo à frente ao abandonar o atendimento virtual para ir ao encontro físico com seus clientes.

A casa funciona de segunda a sábado com almoço executivo e à noite com sanduíches e petiscos regados a chope artesanal – Pilsen e IPA (respectivamente a R$ 15 e R$ 17) da cervejaria curitibana Maniacs Brewing Co. -, uma enxuta carta de vinhos em garrafa e lata (a partir de R$ 65 a garrafa) e alguns drinques clássicos como Gin Tônica, Moscow Mule e Negroni (a partir de R$ 14).

Hall de entrada com o piso de taco conservado. Foto: Tami Taketani/Plural.

Petri serve três versões de seu clássico pão com linguiça no pão baguete, que já levou para os quatro cantos da cidade em eventos e feirinhas gastronômicas. Tem a versão com gorgonzola e cebola crispy, a com chucrute e a de vinagrete de chimichurri (todas saem por R$ 19).

Para beliscar, uma boa pedida são as porções com seis pastéis, cujos sabores fogem do comum. Bem sequinhos por fora e molhados por dentro, os petiscos são servidos nas versões bobó de camarão, chilli com feijão e curry de legumes (a partir de R$ 22).

Quintal decorado com grafite de Xamiteama vai abrigar apresentações culturais. Foto: Tami Taketani/Plural.

Completam o cardápio de happy hour as porções de brioche com salada de siri (R$ 25), o guioza suíno e vegetariano (R$ 25), os bolinhos empanados de carne suína (R$ 27 para seis unidades) e as clássicas batatas fritas e os palitinhos de polenta frita com gorgonzola (R$ 24).

“A nossa proposta é servir uma gastronomia afetiva com técnicas clássicas, valorização dos pequenos produtores e dos insumos locais”, explica Petri que, em breve, vai estrear uma horta para que a cozinha seja autossuficiente em ervas e temperos.

No almoço, a casa serve o menu executivo com opções de massas caseiras, carnes e peixes. Entre as opções estão fettuccine com molho gorgonzola, nhoque à bolonhesa, bife de chorizo com purê de abóbora e legumes, arroz de costela, galinhada, e polenta cremosa com ragu de linguiça. Os pratos custam entre R$ 23 e R$ 50 com a possibilidade de acrescentar entrada e sobremesa.

Quiches variadas são servidas o dia inteiro. Foto: Divulgação.

Durante à tarde, o espaço continua aberto no formato de cafeteria com cafés e comidinhas, como bolo do dia, sonho do dia, quiches variadas com a de queijo colonial e a de cogumelos, sanduíche vegetariano, bauru e tosta com queijo e melado.

Petri fez parcerias com fornecedores de ingredientes locais como a empresa Olha o Peixe!, que traz a Curitiba pescado de pescadores artesanais do litoral paranaense, e a Flama Torras Especiais, braços de torrefação da cafeteria Manifesto, que trabalha com grãos de pequenos e médios cafeicultores.

Música, arte e cultura

Fachada foi decorada pelo Coletivo Valetão, formado por Thiago Syen, Jorge Galvão e Árvore Um. Foto: Tami Taketani/Plural.

Com projeto dos arquitetos Caren Silva e Rodrigo Lolli, o belo casarão com quintal de 200 m² foi reformado para ganhar novos ares e estar pronto a receber o projeto “Sessões no Jardim”, em parceria com o jornalista e escritor Cristiano Castilho, que vai ajudar na elaboração da agenda cultural.

A estreia do projeto será no sábado da próxima semana (14) com Janaina Fellini, cantora, compositora e “colecionadora de histórias”. No show no jardim, ela será acompanhada pelo produtor e multi-instrumentista Vinicius Nisi (A Banda Mais Bonita da Cidade). O evento vai das 11h às 20h e a entrada custa R$ 12.

No repertório, faixas conhecidas de sua carreira, e músicas do EP “Para Onde Vai o Amor” (2021), espécie de trabalho em conjunto com seus amigos e fãs, que lhe mandaram histórias e experiências sobre o amar, mesmo em meio à pandemia. Este trabalho tem direção musical de Nisi e arranjos de Erica Silva (Mulamba).

Sonho do dia integra o menu da cafeteria. Foto: Divulgação.

“Sofremos demais com as coisas intangíveis. Por isso, este espaço e esse projeto são para nos fazer agir em relação àquilo que ainda podemos mudar. E também para nos conectar com o presente, e com quem está ao nosso redor, somando e produzindo”, complementa Petri.

O “Sessões no Jardim” será realizado mensalmente, aos sábados, e terá música ao vivo, performances, discotecagens, intervenções e conversas sobre assuntos diversos como o fazer artístico, o pós-pandemia, a nossa relação com a cidade, e as artes em geral.

“O projeto dará relevância a quem está pedindo passagem, mas também propõe um passo ao lado para que mais gente possa ocupar este espaço de evidência”, afirma Petri.

Salão do restaurante funciona como café e no almoço. Foto: Tami Taketani/Plural.

A arte, de fato, tem lugar de destaque em toda a casa. A fachada ficou sob a responsabilidade do Coletivo Valetão, formado por Thiago Syen, Jorge Galvão e Árvore Um, artistas conhecidos por diversas intervenções em Curitiba.

Na parede lateral do jardim, o artista de rua carioca radicado em Vitória (ES), Xamiteama, pintou um painel de 52 m². Numa das paredes internas do salão principal, há um trabalho da chargista e cartunista curitibana Pryscila Vieira, e obras do chargista do Plural e Folha de S. Paulo, Benett.

Ainda na área interna, há uma escultura em madeira do também curitibano de Jefferson Santos, nome de expressão das artes plásticas brasileiras.

Cucas e bolos do dia no cardápio da cafeteria. Foto: Divulgação.

Serviço
Rua Tenente João Gomes da Silva, 405, Mercês, Curitiba. De segunda a quarta-feira das 11h às 18h; quinta e sexta-feira, das 11h às 22h; sábado das 11h às 20h.. Instagram: @petrisserie

Sobre o/a autor/a

7 comentários em “Novo restaurante nas Mercês mistura comida, arte e cultura numa casa com quintal”

  1. Ana, quando leio “nas Mercês” penso no mesmo que você. “No Mercês “… Mas a cultura curitibana tem muita identidade e muito o que se admirar. Então, no final, quando escuto ou leio “nas Mercês”, mesmo não sendo daqui, me vem um calorzinho e uma sensação de estar em casa! Acho que, depois de ouvir a Betina Müller falar dessa forma, com aquela voz e aquela locução maravilhosa no “tempos de jazz” da antiga e-Paraná, fiquei totalmente à vontade com a expressão!

  2. Andrea Torrente

    Olá Jaqueline. O serviço sempre fica no final da matéria.

    Rua Tenente João Gomes da Silva, 405, Mercês, Curitiba. De segunda a quarta-feira das 11h às 18h; quinta e sexta-feira, das 11h às 22h; sábado das 11h às 20h. Instagram: @petrisserie

  3. Hellen Suely da Silva Moreira

    O espaço é lindo e vai agregar bastante ao portfólio gastronômico e cultural de Curitiba. Petri é um chef de primeira grandeza, super talentoso, dedicado e amante de um bom local onde as ideias possam ser trocadas acompanhadas de delícias gastronômicas e serviço acolhedor.

  4. Michelle Cezak Shoji

    Belo artigo para apresentar este sonho chamado Petrisserie! Sucesso a todos os envolvidos! A casa é linda, acolhendo com sua arte, arquitetura, gastronomia e simpática equipe!

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