Plural dá oficinas gratuitas de jornalismo para jovens de periferia; inscrições estão abertas

Projeto Periferias Plurais escolhe seis pessoas que vão receber bolsas de R$ 500 mensais para escrever sobre suas comunidades no Plural

O Plural quer encontrar jovens de regiões periféricas de Curitiba que tenham vontade de frequentar oficinas gratuitas de jornalismo. São 20 vagas para o curso, que será ministrado em três sábados de maio e junho. As seis pessoas que tiverem o melhor desempenho no curso serão convidadas a escrever sobre a região em que moram para o Plural, durante os seis meses do projeto. Cada uma delas vai receber uma bolsa mensal de R$ 500.

As oficinas são o primeiro passo do projeto Periferias Plurais, uma iniciativa do Plural em parceria com o International Center for Journalists (ICFJ), a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), com financiamento da Meta. O projeto apresentado pelo Plural foi aprovado no programa Acelerando a Transformação Digital, que financia propostas de jornalismo inovadoras de várias organizações.

As inscrições são gratuitas (aqui) até o dia 16 de maio. Podem participar jovens de 16 a 24 anos que morem em regiões periféricas e favelas de Curitiba e cidades vizinhas. A preferência é por pessoas de baixa renda, negras, mulheres e integrantes da comunidade LGBTQIA+. A seleção dos seis nomes finalistas será feita por um júri de jornalistas e representantes da comunidade.

As oficinas tratam de noções básicas de jornalismo, reportagem, internet e redes sociais, entre outros aspectos da profissão de repórter. Não é preciso ter frequentado curso de comunicação para participar. Dúvidas podem ser enviadas por e-mail para [email protected], com o assunto PERIFERIAS PLURAIS.

Mostrando a cidade

A ideia do projeto é retratar regiões da cidade de Curitiba que pouco são exibidas na imprensa. “Em geral, áreas de periferia só aparecem no jornal quando há crimes. E a gente sabe que existe uma vida muito maior e mais rica nessas comunidades, que é preciso revelar”, diz o jornalista Rogerio Galindo, um dos fundadores do Plural e coordenador do projeto.

Os seis jovens selecionados devem produzir textos, vídeos e outros materiais que serão editados e publicados pelo Plural. “Ninguém conhece essas regiões tão bem quanto seus próprios moradores”, diz Rosiane Correia de Freitas, coordenadora-geral do Plural. “Não queremos que essas pessoas sejam repórteres no sentido convencional. Mas sim que ajudem Curitiba a se descobrir, a saber o que acontece nessas vilas, nos bairros mais afastados. Vai ser uma experiência nova para os jovens, mas também para o leitor, tenho certeza”, afirma ela.

As oficinas acontecem nos dias 21 e 28 de maio e se encerram em 4 de junho. Os participantes ganharão café da manhã, almoço e lanche, além de vale-transporte. As aulas serão sempre das 8h às 12h e das 13h às 17h, na sede da Elo Apoio Social e Ambiental, na rua Mariano Torres, 108, no Centro de Curitiba.

Periferias Plurais

Para se inscrever no curso, clique aqui. São 20 vagas disponíveis.

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5 comentários em “Plural dá oficinas gratuitas de jornalismo para jovens de periferia; inscrições estão abertas”

  1. Welliton Garcia

    Vamos pegar o exemplo do SUS: Constituição – Saúde é direito de todos e dever do estado. Pelo seu viés, pessoas que são mais abastadas não devem ser agraciadas pelo Sus porque podem pagar.

    Ao mesmo tempo vejo gente se rasgando quando ofertam vagas somente para homens ou para pessoas com uma certa idade. Então vc quer dizer que está fazendo este processo seletivo “flexibilizando” esta situação, porque só serve para os outros?

    Já vi reportagens aqui berrando por essas situações, por barrar acesso de algumas pessoas por gênero, idade, situação social etc.
    Então quando é no caso dos outros não pode, mas no caso do jornal é permitido limitar o acesso das pessoas de acordo bom critérios que não ficam bem explicados?

    Não é melhor repensar isso? No meu ponto de vista parece até algo muito mais grave, chamado PRECONCEITO

    E acho que, para uma parte “normal” da população vai parecer PRECONCEITO sim. Ou para vocês é até bom que essa gente “normal” não tenha acesso às publicações e simplesmente não tenha voz? Não é de interesse do jornal atingir certos publicos também (mais uma vez parece PRECONCEITO)

    Poderiam me esclarecer, por gentileza? Queria entender melhor…

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Welliton, existe uma diferença entre discriminação e critério de seleção. As oficinas têm vagas limitadas e o critério visa dar preferência a grupos minoritários. É um recurso já amplamente discutido legalmente e com amparo legal. Como um jornal que não tem nenhuma família milionária por trás, nós temos um cuidado extra com questões legais, que são avaliadas pelos advogados que nos acompanham, bem como esses critérios foram também abalizados pelos parceiros do programa. Rosiane

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