Com um post nas redes sociais, o premiado barista carioca radicado em Curitiba, Leo Moço, anunciou sua saída do Café do Moço, cafeteria que criou em 2014 e que se tornou referência no Brasil em cafés especiais. A loja, localizada no Juvevê, contudo, continua funcionando.
“Recomeçar, talvez essa seja a grande aspiração depois de inúmeros momentos delicados aos quais passamos nos últimos anos. Com esse espírito comunico o fim da minha sociedade com a Prumo Investimentos e assim encerrando uma etapa incrível de muito aprendizado, trabalho e mudanças em todas as partes da minha vida”, escreveu Leo na postagem.
Segundo o barista, um ciclo se encerrou. “A partir de hoje o Café do Moço fica na minha memória com seus sabores, feitos e da importância que teve para inúmeros produtores de café e consumidores de todo Brasil”, completou, antes de anunciar que está trabalhando em novos projetos. Após a postagem, o barista embarcou numa viagem para conhecer cafeicultores no Sul da Bahia.
A empresária Estela Cotes, sócia do Café do Moço, diz que a cafeteria vai manter a marca por seis meses até que a transição e a reformulação do negócio sejam completados. Após esse período, nem a loja, nem Leo Moço vão poder utilizar a marca Café do Moço.
Em julho de 2019, a aceleradora Prumo, um dos braços do Grupo 3Corações, firmou uma joint venture com a Café do Moço e adquiriu 50% da empresa. Inicialmente, a Prumo investiu R$ 2,5 milhões na cafeteria do Juvevê e financiou a construção de um galpão na Região Metropolitana da Grande Curitiba para a torrefação dos grãos.
Considerada uma figura polêmica do setor por não haver papas na língua, Leo ganhou quatro vezes o Campeonato Brasileiro de Barismo em diferentes categorias.
Em julho do ano passado, ele participou do podcast de gastronomia do Plural, Os Gastronautas, onde falou sobre sua carreira e o cenário do café brasileiro. A reportagem não conseguiu contato com o barista para comentar a saída.
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