Há alguns meses, o hotel Four Points, em Curitiba, reabriu completamente reformado. Mudou tudo: não só quartos e espaços comuns, mas também conceito e nome. Agora se chama Qoya, palavra que homenageia a figura da rainha-sacerdotisa do povo Inca, e entrou para a categoria dos hotéis de luxo.
A gastronomia também deu um up. Sob o comando do chef Jaime Spazzini, o restaurante Koré, nome em homenagem à etimologia da palavra Curitiba em tupi, aposta numa cozinha que é chamada de produto, em que o destaque principal de cada prato é o ingrediente.
Frescor dos insumos, valorização dos produtores locais e sazonalidade dos ingredientes são os pilares desta gastronomia, que se inspira nos princípios do movimento internacional Slow Food, que prega apreciação da comida, qualidade das refeições e respeito do meio ambiente.
O cardápio é enxuto, justamente para permitir as mudanças sazonais. O prato mais pedido é o polvo a la plancha com arroz bomba (variedade espanhola, ideal para preparos com frutos do mar) cremoso e tostado, creme de pimentões e tomate com pimenta, batata crispy, acelga e presunto parma (R$ 135).
Outros destaques são o gnocchi de mandioquinha com creme de cogumelos frescos, tomilho e ricota cremosa (R$ 89), que é uma opção vegetariana e sem glúten, e a costelinha de porco Moura (raça paranaense resgatada em anos recentes) com purê de abóbora e crocante de milho (R$ 98).
“Nosso purê de abóbora, por exemplo, é basicamente abóbora, azeite e temperos. Não mascaramos com algum tipo de queijo. No prato que vai queijo, realçamos o queijo. Trabalhamos essa abóbora muito bem, com técnicas que realçam o sabor. É um processo um pouco mais trabalhoso, mas tem o sabor da abóbora defumada”, explica o chef.
Uma verdadeira raridade são os colurgiones, massa típica da região da Sardenha, no sul da Itália, que é recheada com purê de abóbora defumada, amareto, queijo da serra da Canastra, alho-poró, pinoli e sálvia (R$ 89).
Para abrir o apetite vale a pena experimentar as porções de croqueta de pato com maionese cítrica e presunto Parma (R$ 42) e de polenta crocante com camarão, maionese de nirá (alga japonesa) e bottarga (ovo de tainha seco e defumado) que sai por R$ 60.
Já para finalizar, as sugestões são cheesecake de erva mate com pérolas de cachaça (R$ 30) e creme de chocolate com esponja de cumaru, doce de leite e mel de jataí (R$ 35).
Uma das preocupações do chef é atender a clientes com restrições alimentares, por isso, sempre há opções sem glúten, sem lactose, vegetarianas e veganas.
Geleias, manteigas, picles, massas, molhos e o porcionamentos de carnes são feitos no restaurante. Os ingredientes prontos são minoria e vêm de pequenos produtores que utilizam técnicas artesanais, incluindo a louça, os uniformes e os jogos americanos.
O cuidado com os detalhes é bastante visível no atendimento e na apresentação dos pratos. Apesar do requinte, as refeições ocorrem num ambiente informal.
O Bar Koré serve drinques clássicos como Whisky Sour, Cosmopolitan, Espresso Martini, Negroni, Gin Tônica e Caipirinha, e coquetéis assinatura, desenvolvidos especialmente para o Qoya pelo bartender Lukas Siqueira, da Eat Kitchen Lab.
Destaque é o Serra da Bananeira, que leva cachaça de Morretes, redução de bala de banana infusionada com mate orgânico e servido com chips de mandioca à parte.
Para acompanhar as bebidas, o bar tem aperitivos como carne de onça, bolinho de pancetta de porco Moura com camarão, polvo salteado ao alho (sem glúten e sem lactose), e pastéis de queijo Comté, entre outros.
Serviço
Qoya Hotel Curitiba. Av. Sete de Setembro, 4.211, Batel – Curitiba. Café da manhã: segundas a sextas das 6h às 10h; sábados, domingos e feriados, das 6h às 10h30. Almoço e jantar: das 12h às 22h. WhatsApp: (41) 3340-4000 / [email protected].
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