Quem diria – a máfia dos cartões entrou em campo 

Dos velhos tempos em que futebol era, era coisa (só) pra homem, e o time que perdia cumprimentava o adversário, chegamos a algo absurdo, mas previsível

Como foi noticiado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal  também entre em campo e faça uma investigação sobre  as denúncias de manipulação de jogos no Campeonato Brasileiro. Um esquema de aposta$ no futebol nacional foi descoberto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que deflagrou a segunda fase da operação Penalidade Máxima

– Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública.  

Segundo a CBF, Ednaldo Rodrigues pediu ao presidente Lula que acione o Ministério da Justiça e que a Polícia Federal entre no caso, “com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação”. 

Coisas das antigas 

E, voltando no tempo, ou aos velhos e talvez bons tempos, temos que, em jogos de futebol, o máximo que tínhamos eram alguns palavrões e xingamentos dirigidos ao árbitro e bandeirinhas em casos de derrota e até mesmo de um empate – principalmente quando ocorria nos minutos finais da partida.  

Mas, sem maiores consequências, durante uma partida tornou-se bastante comum ouvir certas coisas, algumas vezes em coro, além do destemperado “Ladrão! Juiz ladrão!”. 

Coisas bem nossas – primeiro tempo 

A propósito do futebol de hoje, ontem e de anteontem, há quem tenha comentado com um amigo as lições que ele dera ao filho, ainda menino, sobre o futebol, um beabá da bola: 

Arqueiro: goleiro; açougueiro: atleta violento, desleal, agressivo; ao apagar das luzes: finalzinho da partida; arrumar a casa: reestruturar o time; bola perigosa: quase gol; bola quadrada: passe mal feito; gaveteiro: juiz ou jogador que aceita suborno; banheira: posição de impedimento; beque de fazenda: jogador agressivo em todos os sentidos; bola venenosa: que causa dificuldade para o goleiro; camisa 12: a torcida do time; carrinho: acertar a bola apelando para escorregão; caneta: passar a bola por debaixo das pernas do adversário; cavar uma falta: simular uma situação falsa. 

Segundo tempo 

E tem mais: catimba: ações para atrasar o jogo ou irritar o adversário; craque: jogador habilidoso; bicicleta: chute no ar quando o jogador, de costas para a grave, dá uma pedalada no ar; chorão: quando o jogador reclama de tudo, da bola, do gramado, da arbitragem e de outras coisas; drible da vaca: quando o jogador acaba entregando a bola para o adversário; dar de bandeja: falhas que beneficiam o adversário na posse da bola; descer a lenha: violência; devolver quadrada: passar a bola de mau jeito; estar na banheira: jogador à espera da bola para fazer um gol; entortar: drible incrível no adversário; esticar a rede: marcar um gol; cera: lentidão, demora ao repor a bola em jogo.   

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