Por conta da tal gripezinha, ela mesma, há quem tenha levado um susto ao fazer um saque no caixa eletrônico de uma agência bancária em Curitiba. E, ao sair, topou com um amigo, que não perdeu a chance:
– Aí, tudo bem? Faturando muito, hein, bolso cheio…
– De fato. Bolso cheio, literalmente – mas só pelo volume.
E, diante da expressão meio de espanto do amigo, viu-se obrigado a explicar:
– Fiz um saque de 500 reais. Pra pagar o conserto do fusquinha. Recebi os 500 reais num baita bolo de notas de 5. Imagine só o maço se fosse para pagar o conserto de um iate… Felizmente nunca foi meu caso.
Depois de um até mais, abraço mantendo a devida distância, cada um tomou seu rumo. E um deles, no meio do caminho, lembrou uma música de grande sucesso em 2006, de João Carreiro & Capataz. Já em casa, casa que virou home office, um nome bacana para uma coisa meio desconcertante para quem passou parte da vida encarando o relógio ponto no trabalho, para não ser gongado pelo patrão, recorreu à letra de Cada Um Com Seus Problemas:
– Minha vida é complicada/Cantar é meu compromisso/Só levanto meio dia/E ninguém tem nada com isso/Tem muito homem esperto que não trabalha/Só engana/Pra mim se chama domingo/Todo dia da semana/Enquanto o assalariado tá vivendo estressado/Eu levo a vida no esquema/A vida é mesmo assim/Cada um com seus problemas/Em plena segunda-feira a picanha tá queimando/É só moda de viola e a cerveja vai rodando/Cheio de mulher bonita e minhas modas ponteando/Tenho dó de quem está no trabalho se matando/Enquanto o assalariado tá vivendo estressado/Eu levo a vida no esquema/A vida é mesmo assim/Cada um com seus problemas/Eu adoro trabalhar, detesto a vida mansa/Levanto e não faço nada essa vida só me cansa/Tem gente cascando o bico me chamando de a toa/Mas o que posso fazer se eu tenho a vida boa/Enquanto o assalariado tá vivendo estressado/Eu levo a vida no esquema/A vida é mesmo assim/Cada um com seus problemas.
“Em época de paz, os filhos enterram os pais, enquanto em época de guerra são os pais que enterram os filhos.”
Heródoto.
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