Depressão em primeira pessoa

Meu objetivo é desmistificar esse assunto que ainda é tão denso, tão tabu, tão varrido para debaixo do tapete

Setembro está aí e com ele a campanha #SetembroAmarelo vai ganhando força. E neste ano, além de poder, eu quero e vou dividir as minhas experiências com a depressão e com todas as suas consequências. Não sou famosa e não sou da área da saúde. Sou paciente e sobrevivente. Minha história é, provavelmente, como a de milhares de pessoas que sofrem com transtornos mentais. 

A diferença é que agora, prestes a completar quatro décadas de vida, me sinto realmente como a protagonista da coisa toda. E eu quero que essa parte da minha história, da minha convivência com a depressão, saia do anonimato. Quero que ela ganhe forma e vida. Quero que você possa se identificar com o que eu vivi e possa também sobreviver a isso.

Meu objetivo é desmistificar esse assunto que ainda é tão denso, tão tabu, tão varrido para debaixo do tapete. Alertar que qualquer um de nós está sujeito a cruzar a linha tênue entre a “sanidade” e o “transtorno mental”.

E, muito mais do que isso, dizer que há tratamento. Existe manejo. E, se ainda não há cura, existem inúmeras ferramentas para se viver uma vida muito boa. 

Estarei aqui, dividindo um pouquinho do muito que vivi. E, como alguém com uma vasta experiência prática no assunto, fico inteiramente à disposição para ouvir, ler, ajudar e indicar profissionais de confiança a qualquer um de vocês. É importante que falemos sobre nossas dores. É muito importante que tiremos nossas dores do anonimato.

Vamos juntos?

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