Ratinho Jr. (PSD) não quer saber de criticar Jair Bolsonaro (PSL). Foi um dos raros governadores que não assinou uma carta com críticas ao modo como o presidente reagiu à morte do miliciano Adriano Nóbrega, morto pela PM da Bahia.
Apesar de vários indícios que ligam o presidente e sua família a milicianos, inclusive ao próprio Adriano (suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco), Bolsonaro deu a entender que o governo da Bahia, de Rui Costa (PT), é que teria praticado queima de arquivo.
Políticos que pretendem disputar a sucessão de Bolsonaro, como os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, comandaram a reação. No total, 20 governadores assinaram a carta, que também critica as provocações de Bolsonaro em relação aos impostos dos combustíveis.
Ao não assinar o documento, Ratinho se alinhou com governadores da ultradireita, como Marcos Rocha, de Rondônia, que alcançou celebridade recentemente ao criar uma lista de livros proibidos em seu estado.