Governo Ratinho diz que não tem como dar reajuste; funcionalismo reage

Servidores públicos paranaenses têm 19% de defasagem acumulados

Se na tevê e nas propagandas o governo Ratinho só propaga boas notícias, na sessão da Assembleia Legislativa em que René Garcia, secretário da Fazenda, apresentou os números oficiais, a coisa foi bem diferente.

No balanço do último quadrimestre de 2019, o que se ouviu foi uma longa choradeira sobre falta de dinheiro para oferecer reajuste ao funcionalismo. René Garcia disse que a folha ocupa hoje 45% da receita corrente líquida, o que ainda daria margem até o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 46,55%.

No entanto, o secretário diz que os cálculos da Secretaria do Tesouro Nacional são feitos de outro modo e, por essa conta, o Paraná já estaria acima do limite. E o representante de Ratinho disse que, como não quer quebrar o estado, não vê como dar reajuste.

A declaração foi imediatamente contestada pelos sindicatos. Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum de Entidades Sindicais, diz que os números apresentados pelo secretário não são reais, que houve aumento de receita e que há sim margem para repor a inflação.

O funcionalismo paranaense vem acarretando perdas significativas desde 2016, no segundo mandato de Beto Richa (PSDB). Os sindicatos dizem que atualmente a defasagem dos salários é de 19% e que a negociação em maio começa a partir desse número.

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