Há vários motivos para ficar preocupado com a nova bancada federal paranaense que toma posse no início de fevereiro. Mas existe pelo menos uma razão para acreditar que o processo civilizatório segue em curso.
A bancada feminina do Paraná, embora ainda pequena, nunca teve tantas representantes. Serão cinco deputadas federais – os homens ocupam as demais 25 vagas do estado. Ou seja: as mulheres representarão 16,7% das cadeiras.
Claro que ainda é pouco: o ideal seria ter perto de 50%, já que essa é a proporção entre homens e mulheres no eleitorado. Mas se pensarmos que até 2000 o Paraná jamais tinha tido uma deputada federal, é uma evolução.
O recorde até hoje era de duas deputadas simultâneas. Caso da atual legislatura, que tem Christiane Yared (PR) e Leandre (PV), ambas reeleitas em outubro para um segundo mandato.
Além delas, tomarão posse em fevereiro Gleisi Hoffmann (PT), que deixa o Senado; Luísa Canziani (PTB), de apenas 22 anos; e Aline Sleutjes (PSL), que foi vereadora em Castro.
Luísa Canziani (foto) é a única que se elegeu devido a parentesco com outro político. Deputada mais jovem da nova legislatura, ela é filha de Alex Canziani (PTB), que exerceu cinco mandatos de deputado.