A Câmara de Curitiba deve ter uma sessão tensa na próxima segunda-feira. A oposição ao prefeito Rafael Greca (DEM) e os sindicatos ligados ao funcionalismo público prometem protestar contra a série de medidas enviadas pela prefeitura ao Legislativo.
O pacote de leis tem justamente o funcionalismo como alvo. O projeto mais polêmico é o que suspende por mais dois anos a implantação dos planos de carreiras das categorias, aprovados ainda na gestão anterior de Gustavo Fruet (PDT). Pela regra proposta, só entrariam em vigor os planos e as promoções em 2021, já no próximo mandato.
Além disso, o prefeito sugere um reajuste de 3,75% nos salários, o que não cobre toda a defasagem do funcionalismo. Um terceiro projeto também, regula a atividade sindical dos representantes do funcionalismo – principal alvo do arrocho fiscal praticado por Greca desde a posse, em 2017.
Os projetos entram em pauta na segunda-feira – e os sindicatos prometem fazer barulho. No primeiro ano de mandato, quando enviou uma série ainda mais dura de medidas, Greca enfrentou grande resistência e os vereadores, depois de várias invasões ao plenário, tiveram de ir votar o tema na Ópera de Arame, protegidos pela Polícia Militar,
Embora tenha perdido um pouco de apoio, já que uns poucos vereadores deixaram a base, Greca continua tendo maioria avassaladora na Câmara – e em tese deve conseguir aprovar tudo que deseja, como aliás vem acontecendo durante todo o seu mandato.
No entanto, com a proximidade da campanha de reeleição, o prefeito tem mais a perder com desgastes e protestos que possam vir a acontecer.