Greca tenta usar vice para acabar com candidatura de Ney Leprevost

Há quem diga que a manobra está quase consumada. Na janela partidária que se abre nos próximos dias, Greca emplacaria seu vice no partido adversário

O grande cabo de guerra em andamento na disputa pela prefeitura de Curitiba se dá entre Ney Leprevost e alguns de seus correligionários de PSD. Segundo lugar na campanha de 2016, Leprevost luta para manter a candidatura, mas vem enfrentando resistência de gente que deseja ver o partido aliado a Rafael Greca (DEM).

A trupe de Greca, claro, é quem mais se movimenta para que Ney fique de fora. E o instrumento usado para neutralizar o adversário é o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel. Filiado ao PSDB de Beto Richa, Eduardo já deu todas as mostras de que pretende sair do partido. O truque que Greca pretende é: colocá-lo no PSD, retirando a legenda de Leprevost.

Há quem diga que a manobra está quase consumada. Na janela partidária que se abre nos próximos dias, Greca emplacaria seu vice no partido adversário, aparentemente sob as bênçãos de Ratinho Jr., líder máximo do PSD, que passaria a apoiar a campanha de reeleição de prefeito. A Leprevost, restariam duas opções: seguir no governo como secretário de Ratinho, apesar do boicote, ou assumir seu mandato de deputado federal.

Ratinho vem dando vários indícios de que quer ficar ao lado de Greca. Pediu a Ney que não saia do governo, abandonando a disputa. Determinou que os candidatos que estão em sua gestão saiam ainda em março, o que dificulta a campanha de Leprevost. E agora parece estar avalizando a possível entrada de Eduardo Pimentel no partido.

O cálculo não é muito difícil de compreender. Leprevost já é do time. Com o novo movimento, Ratinho teria nas mãos o prefeito de Curitiba, que passaria a ter uma reeleição tranquila, e também o seu sucessor – ninguém duvida que Eduardo Pimentel tem tudo para ser o candidato do grupo daqui a quatro anos.

Mas a história ainda não está encerrada, e Leprevost tem aliados fiéis que pretendem manter o partido com ele. O secretário também teria a palavra de honra de Gilberto Kassab de que poderia disputar a eleição. Se isso vai ou não se confirmar, só se saberá no começo de abril, quando fecha a janela de transferência partidária.

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