Greca ganha na Câmara e Estação Ecológica perderá mata de araucárias

Prefeitura troca área de mata cerrada por região sem interesse ecológico

A oposição não conseguiu frear a intenção da prefeitura de Curitiba, que aprovou nesta segunda-feira um projeto modificando a área de abrangência de uma das principais áreas de proteção ambiental da cidade.

Pelo projeto, aprovado em primeiro turno, a Estação Ecológica Teresa Urban, no Alto Boqueirão, nas proximidades do Rio Iguaçu, perde trechos de mata cerrada; como compensação, ganha áreas de mato, sem maior interesse ambiental.

A tentativa da oposição foi de pelo menos adiar o projeto por 20 sessões, para que houvesse discussão sobre o caso, mas a prefeitura disse haver pressa e passou à votação.

“A mata é fechada, um local lindíssimo. Vamos ter uma perda extensa de mata”, avaliou. “Acho que não justifica. Tenho mais área, mas mais área desmatada”, disse Maria Letícia (PV). 

Segundo os vereadores governistas, o problema é que as áreas que estão sendo retiradas da Estação Ecológica pertencem a particulares, e sua desapropriação custaria R$ 10 milhões, dinheiro de que o município não dispõe.

Para Serginho do Posto (PSDB), agora o trabalho é de tornar a área degradada em algo interessante ecologicamente. “Que o Meio Ambiente faça o projeto de renaturalização, e que nos próximos anos haja a compensação”, disse.

Pier Petruzziello (PTB), líder de Greca, diz que não haverá perda da mata porque a prefeitura cumpre a lei e impede o corte de araucárias. “O prefeito Rafael Greca não deixa cortar nem uma araucária seca”, disse.

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