Greca anuncia reajuste, mas sindicatos dizem que índice não cobre defasagem

Assunto será discutido na Câmara e pode ter influência no processo de reeleição do prefeito, em 2020

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), anunciou nesta quinta-feira que pretende conceder reajuste de 3,5% ao funcionalismo municipal neste ano. O projeto tem de passar pela Câmara, o que não deve ser problema: o prefeito conta com a maioria absoluta dos vereadores.

No anúncio, feito via redes sociais, Greca falou que estava concedendo um aumento e que Curitiba será uma das dez capitais do país que fará algum tipo de reposição de inflação para seus servidores.

A declaração foi imediatamente rebatida pelos sindicatos, que afirmam que o porcentual anunciado não apenas não significa aumento como sequer repõe tudo que foi perdido desde o início da atual gestão, em 2017.

Além de afirmarem que a defasagem atual é de 6,5%, os servidores dizem que o novo anúncio não repõe também o que se perdeu com a mudança no sistema de vale-transporte feito pela prefeitura, que teria tirado R$ 250 de cada servidor mensalmente.

Embora os sindicatos dificilmente tenham condições de mudar o valor previsto pelo prefeito sem apoio na Câmara, a disputa ganha importância até mesmo por se tratar da última discussão salarial antes das eleições do ano eu vem, quando Greca tentará a reeleição.

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