O deputado estadual Renato Freitas (PT) foi intimado nesta terça-feira (14) de um processo movido pelo Ministério Público contra ele. O motivo é a participação do deputado, que na época era vereador eleito por Curitiba, num protesto pela morte de um homem negro dentro de uma loja do Carrefour em Porto Alegre.
Na ocasião, diversas lideranças do movimento negro foram à loja do Carrefour no Parolin, em Curitiba. O protesto, em 20 de novembro de 2020, quando Renato ainda nem tinha tomado posse como vereador, pedia que o assassinato de José Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças dentro do mercado no Rio Grande do Sul, não passasse impune.
Em certa altura, Renato Freitas escreveu num dos toldos do mercado, que ficou fechado durante o protesto, uma frase de indignação pelo homicídio. A pichação agora é motivo do processo movido pelo Carrefour.
No ano passado, antes de ser eleito deputado, Renato Freitas ganhou notoriedade por enfrentar um processo de cassação na Câmara de Curitiba, igualmente por participar de um protesto contra assassinato de negros. Nesse caso, o político entrou na Igreja do Rosário, no Centro Histórico de Curitiba, para protestar contra dois outros assassinatos. Seu mandato de vereador chegou a ser cassado, mas a Justiça anulou o processo, dizendo que os vereadores não respeitaram o caminho legal.
Aviso: Este texto foi editado. A versão anterior dizia, erradamente, que quem moveu o processo contra Renato Freitas foi o Carrefour.