Câmara vota bilhete temporal e tarifa variável nesta segunda

Garantir direito de segundo ônibus seria o mínimo que prefeitura poderia fazer por passageiros

A Câmara de Curitiba começa a votar nesta segunda-feira aquele que poderia ser o primeiro passo do transporte coletivo da cidade para o século vinte e um: a integração temporal dos busões.

Na prática, isso significa quer você desce de um ônibus em qualquer ponto (sem precisar ser um terminal) e tem o direito de pegar outro durante um certo período, sem pagar nada.

Hoje, quem desce na Rui Barbosa, definida pelos especialistas como “uma coincidência geográfica de pontos”, por exemplo, tem de pagar passagem dupla para se locomover.

São Paulo é famosa pelo “bilhete único” no Brasil, mas a maioria das cidades decentes faz isso – Curitiba insiste em negar esse direito a seus passageiros, mesmo cobrando R$ 4,50 na catraca.

O projeto que cria o bilhete temporal é de Bruno Pessuti (PSD), e será votado junto com outro, bem menos importante mas que, por ser da prefeitura, tem vida mais fácil.

A ideia de Rafael Greca (DEM) é diminuir a tarifa nos horários em que menos gente pega o ônibus, para atrair mais passageiros. Ok. Mas em certo sentido isso leva os trabalhadores, que pegam o busão no horário de pico, a subsidiar a passagem de quem não precisa tanto.

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