O juiz Marcelo Bretas negou ser o “novo Moro” da Operação Lava Jato. Em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (13), o juiz federal responsável pela investigação no Rio de Janeiro afirmou que a Justiça Federal de Curitiba não foi prejudicada com a saída de Sergio Moro. Para o magistrado, embora seu ex-colega tenha se desligado, outros juízes são capacitados para pegar casos mais espinhosos. Segundo ele, a Lava Jato não deve estar tão ligada a um juiz em específico.
Ao comentar sobre a possível indicação de Sergio Moro para o STF, Bretas teceu inúmeros elogios ao seu colega e o classificou como um excelente nome para assumir o cargo no Supremo. “Foi um excelente juiz, é um excelente ministro, parece que goza da confiança do presidente, então é uma excelente escolha”, afirmou. Em sua palestra, ele destacou que a Lava Jato só tem a ganhar com Moro no Ministério da Justiça. Segundo ele, o país ganhou um excelente ministro e um grande juiz em Luiz Antonio Bonat, na Justiça Federal em Curitiba.
O comentário de Bretas vem um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter dito que Sergio Moro irá ocupar a próxima vaga que abrir no STF. Isso pode acontecer no ano que vem, quando o decano Celso de Mello se aposentar. Bolsonaro disse que a indicação vem de um “compromisso” com Moro, que desistiu de 22 anos na magistratura para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Moro evitou falar sobre o STF no Congresso Nacional de Macrocriminalidade e Combate à Corrupção, porém ressaltou não ter feito nenhum tipo de exigência para assumir a pasta da justiça, disse apenas que queria combater o crime organizado e a corrupção.
Bretas foi questionado sobre se assumiria o cargo de Moro no Ministério, caso seu colega seja indicado para o STF. O magistrado carioca destacou que diante do cargo que ocupa, não faz nenhum tipo de prognóstico para o futuro, porém, afirmou não estar postulando nenhuma pasta e disse não ter ambições políticas.
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